PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA SALVAR ESPÉCIES
Para saber de que maneira agir para salvar espécies, é necessário conduzir um planejamento em cima de dados e fatos. Esse planejamento leva em conta todos os meios e métodos necessários para considerar questões como:
– O que já sabemos sobre a espécie?
– O que a espécie precisa?
– A espécie está sendo muito predada, caçada, traficada ou está vivendo em uma área reduzida por causa do desflorestamento e sofrendo problemas genéticos?
– Quais são as necessidades para manter uma genética saudável?
– Que tipo de proteção precisa, e como podemos providenciar isso?
– A espécie precisa de reintrodução em âmbito regional ou global?
– A espécie precisa ser reproduzida sob cuidados humanos?
– É necessário translocar indivíduos?
– Precisamos trabalhar o engajamento e as percepções das pessoas no local onde a espécie vive?
– Que instituições e pessoas precisam trabalhar juntos para salvar a espécie, e de que maneira?
A FILOSOFIA A QUE ADERIMOS É A DO PLANO ÚNICO DE CONSERVAÇÃO (DO ORIGINAL EM INGLÊS, ONE PLAN APPROACH), DESENVOLVIDA PELO CPSG. ELA LEVA EM CONTA E JUNTA DE MANEIRA SISTEMÁTICA TODAS AS DISCIPLINAS, MEIOS, INSTITUIÇÕES E PESSOAS ENVOLVIDAS QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA SALVAR UMA ESPÉCIE.
Para criar esse tipo de planejamento estratégico, trabalhamos em parceria com especialistas em planejamento para conservação no âmbito global, principalmente do CPSG – Conservation Planning Specialist Group.
Participamos em diversos Planos de Ação Nacionais (PAN) para conservação de espécies de aves, liderados pelo ICMBio.
Organizamos, trabalhamos para viabilizar e patrocinamos oficinas de planejamento lideradas por especialistas, que reúnem diversos profissionais envolvidos com a conservação de espécies e especialistas nas disciplinas necessárias, profissionais brasileiros como também de múltiplos continentes, para elaborar planos integrados ou planejar ações específicas necessárias para salvar espécies. Muitas vezes, as oficinas seguem demandas identificadas por órgãos do governo brasileiro, partes de Planos de Ação Nacionais.
Em 2018, o Parque das Aves se tornou a Sede Nacional Brasileira do CPSG. O Grupo Especialista em Planejamento para a Conservação (CPSG), da UICN, é uma rede global de profissionais da conservação dedicados a salvar espécies ameaçadas através do aumento da efetividade dos esforços de conservação no mundo todo.
O CPSG apoia fortemente a conservação de aves da Mata Atlântica, e tem assumido a causa das aves da Mata Atlântica como projeto bandeira. A parceria entre CPSG e Parque das Aves possibilita diversos workshops, por exemplo:
– Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA
– Análise de contribuições de populações ex situ (One Plan Approach)
O CPSG e o Parque das Aves juntos organizam, apoiam e financiam cursos para as seguintes ferramentas, como também proporcionam serviços gratuitos com sua utilização, para projetos de conservação de aves de Mata Atlântica:
– Facilitação para planejamento em conservação
– VORTEX
– Análise de Risco de Doenças (DRA)
ALÉM DISSO, UTILIZAMOS FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE ATITUDES PARA PLANEJAR ENGAJAMENTO COM COMUNIDADES ESTRATÉGICAS E BASEADAS EM EVIDÊNCIAS. TAMBÉM OFERECEMOS CAPACITAÇÃO NO USO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO CONTEXTO DE PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES.
ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DISEASE RISK ANALYSIS): O CASE DO PROJETO TUCANO
Ranfastídeos são aves muito visadas por traficantes e caçadores. O Parque das Aves já recebeu e reproduziu muitas aves dessa família ao longo dos anos, tornando-se uma importante referência no seu manejo, pois manter espécies de ranfastídeos sob cuidados humanos é um desafio. Por esse motivo, o Parque desenvolve pesquisas na área de nutrição, medicina e reprodução, contribuindo tanto para a comunidade científica quanto para a manutenção dessas espécies em demais instituições conservacionistas.
PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS COMPLEXOS QUE POSSAM CONTRIBUIR COM O MANEJO EX SITU DE TUCANOS, INCLUSIVE ESPÉCIES AMEAÇADAS, UTILIZAMOS A METODOLOGIA DA ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DO INGLÊS, DISEASE RISK ANALYSIS – DRA).

A Análise de Risco de Doenças é um processo estruturado, baseado em evidências, que pode ajudar na tomada de decisões diante da incerteza e determinar o impacto potencial de doenças infecciosas e não infecciosas em ecossistemas, animais selvagens, animais domésticos e pessoas.
Em dezembro de 2018, foi realizado no Parque das Aves a primeira oficina de Análise de Risco de Doenças visando otimizar o manejo e o bem-estar de ranfastídeos. Na ocasião, recebemos especialistas de várias instituições para trabalharmos considerando a metodologia estabelecida pelo CPSG e facilitação do médico veterinário Mathias Dislich, chefe da Divisão de Pesquisa do Parque das Aves. No intuito de aprimorar protocolos sanitários e de manejo, para trazer excelência na rotina de Ranfastídeos, foram estabelecidos relevantes protocolos de trabalho para ações relacionadas à espécie.
VORTEX
Vortex é um modelo computacional que simula as complexas dinâmicas do crescimento populacional da fauna silvestre e como essas dinâmicas podem mudar com o tempo na presença de atividades humanas ameaçadoras. Ao fornecer um conjunto diversificado de dados de entrada sobre parâmetros como taxas médias de reprodução e sobrevivência entre indivíduos em uma população – e a variação dessas taxas ao longo do tempo –, os usuários do Vortex podem criar simulações realistas e informativas de uma variedade de diferentes espécies silvestres, em um amplo espectro de intensidades de gestão. Mais importante, o usuário também pode testar opções alternativas para o manejo de espécies, criando vários cenários e comparando seus resultados para identificar as condições ideais para a viabilidade da população em risco de extinção.
EM 2019, O PARQUE DAS AVES PATROCINOU UM CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA VORTEX EM CAMPO GRANDE – MS, MINISTRADO POR PHIL MILLER E KATHY TRAYLOR HOLZER, DO CPSG, ORGANIZADO PELO INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES – ICAS E PELA INICIATIVA NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ANTA BRASILEIRA – INCAB.

Para fomentar o uso da ferramenta para a conservação de aves da Mata Atlântica, possibilitamos a participação de profissionais do Projeto Jacutinga e do Projeto Papagaio-verdadeiro, como também do núcleo que trabalha na conservação do bicudinho-do-brejo, junto com profissionais do Parque das Aves.
Com o apoio do CPSG, este iniciou um processo de mentoria de equipe do Parque das Aves no uso da ferramenta, e um processo de apoio da equipe do Parque das Aves para desenvolver modelagens de Vortex para a jacutinga e o papagaio-verdadeiro. O objetivo no longo prazo é que profissionais do Parque das Aves e do nosso Centro UICN para Sobrevivência de Espécies do Brasil possam capacitar profissionais no uso dessa ferramenta e forneçam serviços de modelagem como forma de apoio a projetos de conservação.
PROJETO HARPIA
O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.

Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
– Elaboração de recomendações.
– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
Os resultados fazem parte de um trabalho contínuo para melhorar o status populacional da Harpia, que o Parque das Aves apoia de diversas formas.
PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AÇÃO NACIONAL
O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
Um glossário de localização rastreia os nomes, endereços e informações de contato de todos os detentores históricos e atuais da espécie, promovendo assim a comunicação entre eles e o detentor do studbook.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
O Parque das Aves planeja as suas ações e presta serviços em planejamento estratégico para projetos de conservação também na área das Ciências Sociais. Veja mais sobre alguns cases abaixo:
Case: Guardiões do Chauá – Planejamento de ações usando medição atitudinal
Ciências sociais informam nosso planejamento para alcançar resultados positivos para conservação de espécies em campo.
Para o Projeto Papagaio-chauá, o Parque das Aves trabalha, entre outros, na comunidade de Águas Formosas, em Minas Gerais, monitorando populações de papagaios, conduzindo pesquisas sobre tráfico e desenvolvendo ações para engajar a comunidade local positivamente em prol da conservação da espécie.
Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
Uma pesquisa de avaliação formativa foi conduzida com as comunidades locais para refinar a intervenção planejada, conduzida pelo experiente pessoal de avaliação educacional do Parque das Aves, com apoio de especialistas externos do instituto de pesquisa sem fins lucrativos Institute for Methods Innovation.
Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
CAPACITAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS PARA CONSERVAÇÃO
O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
Ajudaremos você a integrar os melhores conhecimentos disponíveis em educação, comunicação e avaliação para conservação em seus planos práticos para engajar o público. O curso dá acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e prática em educação conservacionista, comunicação e avaliação para a educação ambiental, com avaliação integrada em todos os aspectos do curso.
Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
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Nossa missão é promover a conservação dos mamíferos carnívoros neotropicais e de seus habitats. O Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais – Pró-Carnívoros é uma associação civil, de direito privado, não governamental e sem fins lucrativos.
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA SALVAR ESPÉCIES
Para saber de que maneira agir para salvar espécies, é necessário conduzir um planejamento em cima de dados e fatos. Esse planejamento leva em conta todos os meios e métodos necessários para considerar questões como:
– O que já sabemos sobre a espécie?
– O que a espécie precisa?
– A espécie está sendo muito predada, caçada, traficada ou está vivendo em uma área reduzida por causa do desflorestamento e sofrendo problemas genéticos?
– Quais são as necessidades para manter uma genética saudável?
– Que tipo de proteção precisa, e como podemos providenciar isso?
– A espécie precisa de reintrodução em âmbito regional ou global?
– A espécie precisa ser reproduzida sob cuidados humanos?
– É necessário translocar indivíduos?
– Precisamos trabalhar o engajamento e as percepções das pessoas no local onde a espécie vive?
– Que instituições e pessoas precisam trabalhar juntos para salvar a espécie, e de que maneira?
A FILOSOFIA A QUE ADERIMOS É A DO PLANO ÚNICO DE CONSERVAÇÃO (DO ORIGINAL EM INGLÊS, ONE PLAN APPROACH), DESENVOLVIDA PELO CPSG. ELA LEVA EM CONTA E JUNTA DE MANEIRA SISTEMÁTICA TODAS AS DISCIPLINAS, MEIOS, INSTITUIÇÕES E PESSOAS ENVOLVIDAS QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA SALVAR UMA ESPÉCIE.
Para criar esse tipo de planejamento estratégico, trabalhamos em parceria com especialistas em planejamento para conservação no âmbito global, principalmente do CPSG – Conservation Planning Specialist Group.
Participamos em diversos Planos de Ação Nacionais (PAN) para conservação de espécies de aves, liderados pelo ICMBio.
Organizamos, trabalhamos para viabilizar e patrocinamos oficinas de planejamento lideradas por especialistas, que reúnem diversos profissionais envolvidos com a conservação de espécies e especialistas nas disciplinas necessárias, profissionais brasileiros como também de múltiplos continentes, para elaborar planos integrados ou planejar ações específicas necessárias para salvar espécies. Muitas vezes, as oficinas seguem demandas identificadas por órgãos do governo brasileiro, partes de Planos de Ação Nacionais.
Em 2018, o Parque das Aves se tornou a Sede Nacional Brasileira do CPSG. O Grupo Especialista em Planejamento para a Conservação (CPSG), da UICN, é uma rede global de profissionais da conservação dedicados a salvar espécies ameaçadas através do aumento da efetividade dos esforços de conservação no mundo todo.
O CPSG apoia fortemente a conservação de aves da Mata Atlântica, e tem assumido a causa das aves da Mata Atlântica como projeto bandeira. A parceria entre CPSG e Parque das Aves possibilita diversos workshops, por exemplo:
– Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA
– Análise de contribuições de populações ex situ (One Plan Approach)
O CPSG e o Parque das Aves juntos organizam, apoiam e financiam cursos para as seguintes ferramentas, como também proporcionam serviços gratuitos com sua utilização, para projetos de conservação de aves de Mata Atlântica:
– Facilitação para planejamento em conservação
– VORTEX
– Análise de Risco de Doenças (DRA)
ALÉM DISSO, UTILIZAMOS FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE ATITUDES PARA PLANEJAR ENGAJAMENTO COM COMUNIDADES ESTRATÉGICAS E BASEADAS EM EVIDÊNCIAS. TAMBÉM OFERECEMOS CAPACITAÇÃO NO USO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO CONTEXTO DE PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES.
ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DISEASE RISK ANALYSIS): O CASE DO PROJETO TUCANO
Ranfastídeos são aves muito visadas por traficantes e caçadores. O Parque das Aves já recebeu e reproduziu muitas aves dessa família ao longo dos anos, tornando-se uma importante referência no seu manejo, pois manter espécies de ranfastídeos sob cuidados humanos é um desafio. Por esse motivo, o Parque desenvolve pesquisas na área de nutrição, medicina e reprodução, contribuindo tanto para a comunidade científica quanto para a manutenção dessas espécies em demais instituições conservacionistas.
PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS COMPLEXOS QUE POSSAM CONTRIBUIR COM O MANEJO EX SITU DE TUCANOS, INCLUSIVE ESPÉCIES AMEAÇADAS, UTILIZAMOS A METODOLOGIA DA ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DO INGLÊS, DISEASE RISK ANALYSIS – DRA).

A Análise de Risco de Doenças é um processo estruturado, baseado em evidências, que pode ajudar na tomada de decisões diante da incerteza e determinar o impacto potencial de doenças infecciosas e não infecciosas em ecossistemas, animais selvagens, animais domésticos e pessoas.
Em dezembro de 2018, foi realizado no Parque das Aves a primeira oficina de Análise de Risco de Doenças visando otimizar o manejo e o bem-estar de ranfastídeos. Na ocasião, recebemos especialistas de várias instituições para trabalharmos considerando a metodologia estabelecida pelo CPSG e facilitação do médico veterinário Mathias Dislich, chefe da Divisão de Pesquisa do Parque das Aves. No intuito de aprimorar protocolos sanitários e de manejo, para trazer excelência na rotina de Ranfastídeos, foram estabelecidos relevantes protocolos de trabalho para ações relacionadas à espécie.
VORTEX
Vortex é um modelo computacional que simula as complexas dinâmicas do crescimento populacional da fauna silvestre e como essas dinâmicas podem mudar com o tempo na presença de atividades humanas ameaçadoras. Ao fornecer um conjunto diversificado de dados de entrada sobre parâmetros como taxas médias de reprodução e sobrevivência entre indivíduos em uma população – e a variação dessas taxas ao longo do tempo –, os usuários do Vortex podem criar simulações realistas e informativas de uma variedade de diferentes espécies silvestres, em um amplo espectro de intensidades de gestão. Mais importante, o usuário também pode testar opções alternativas para o manejo de espécies, criando vários cenários e comparando seus resultados para identificar as condições ideais para a viabilidade da população em risco de extinção.
EM 2019, O PARQUE DAS AVES PATROCINOU UM CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA VORTEX EM CAMPO GRANDE – MS, MINISTRADO POR PHIL MILLER E KATHY TRAYLOR HOLZER, DO CPSG, ORGANIZADO PELO INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES – ICAS E PELA INICIATIVA NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ANTA BRASILEIRA – INCAB.

Para fomentar o uso da ferramenta para a conservação de aves da Mata Atlântica, possibilitamos a participação de profissionais do Projeto Jacutinga e do Projeto Papagaio-verdadeiro, como também do núcleo que trabalha na conservação do bicudinho-do-brejo, junto com profissionais do Parque das Aves.
Com o apoio do CPSG, este iniciou um processo de mentoria de equipe do Parque das Aves no uso da ferramenta, e um processo de apoio da equipe do Parque das Aves para desenvolver modelagens de Vortex para a jacutinga e o papagaio-verdadeiro. O objetivo no longo prazo é que profissionais do Parque das Aves e do nosso Centro UICN para Sobrevivência de Espécies do Brasil possam capacitar profissionais no uso dessa ferramenta e forneçam serviços de modelagem como forma de apoio a projetos de conservação.
PROJETO HARPIA
O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.

Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
– Elaboração de recomendações.
– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
Os resultados fazem parte de um trabalho contínuo para melhorar o status populacional da Harpia, que o Parque das Aves apoia de diversas formas.
PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AÇÃO NACIONAL
O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
Um glossário de localização rastreia os nomes, endereços e informações de contato de todos os detentores históricos e atuais da espécie, promovendo assim a comunicação entre eles e o detentor do studbook.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
O Parque das Aves planeja as suas ações e presta serviços em planejamento estratégico para projetos de conservação também na área das Ciências Sociais. Veja mais sobre alguns cases abaixo:
Case: Guardiões do Chauá – Planejamento de ações usando medição atitudinal
Ciências sociais informam nosso planejamento para alcançar resultados positivos para conservação de espécies em campo.
Para o Projeto Papagaio-chauá, o Parque das Aves trabalha, entre outros, na comunidade de Águas Formosas, em Minas Gerais, monitorando populações de papagaios, conduzindo pesquisas sobre tráfico e desenvolvendo ações para engajar a comunidade local positivamente em prol da conservação da espécie.
Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
Uma pesquisa de avaliação formativa foi conduzida com as comunidades locais para refinar a intervenção planejada, conduzida pelo experiente pessoal de avaliação educacional do Parque das Aves, com apoio de especialistas externos do instituto de pesquisa sem fins lucrativos Institute for Methods Innovation.
Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
CAPACITAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS PARA CONSERVAÇÃO
O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
Ajudaremos você a integrar os melhores conhecimentos disponíveis em educação, comunicação e avaliação para conservação em seus planos práticos para engajar o público. O curso dá acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e prática em educação conservacionista, comunicação e avaliação para a educação ambiental, com avaliação integrada em todos os aspectos do curso.
Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
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Programa Amigos da Onça: Grandes predadores e sociobiodiversidade na Caatinga
Nossa missão é promover a conservação dos mamíferos carnívoros neotropicais e de seus habitats. O Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais – Pró-Carnívoros é uma associação civil, de direito privado, não governamental e sem fins lucrativos.
ler mais
Para saber de que maneira agir para salvar espécies, é necessário conduzir um planejamento em cima de dados e fatos. Esse planejamento leva em conta todos os meios e métodos necessários para considerar questões como:
– O que já sabemos sobre a espécie?
– O que a espécie precisa?
– A espécie está sendo muito predada, caçada, traficada ou está vivendo em uma área reduzida por causa do desflorestamento e sofrendo problemas genéticos?
– Quais são as necessidades para manter uma genética saudável?
– Que tipo de proteção precisa, e como podemos providenciar isso?
– A espécie precisa de reintrodução em âmbito regional ou global?
– A espécie precisa ser reproduzida sob cuidados humanos?
– É necessário translocar indivíduos?
– Precisamos trabalhar o engajamento e as percepções das pessoas no local onde a espécie vive?
– Que instituições e pessoas precisam trabalhar juntos para salvar a espécie, e de que maneira?
A FILOSOFIA A QUE ADERIMOS É A DO PLANO ÚNICO DE CONSERVAÇÃO (DO ORIGINAL EM INGLÊS, ONE PLAN APPROACH), DESENVOLVIDA PELO CPSG. ELA LEVA EM CONTA E JUNTA DE MANEIRA SISTEMÁTICA TODAS AS DISCIPLINAS, MEIOS, INSTITUIÇÕES E PESSOAS ENVOLVIDAS QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA SALVAR UMA ESPÉCIE.
Para criar esse tipo de planejamento estratégico, trabalhamos em parceria com especialistas em planejamento para conservação no âmbito global, principalmente do CPSG – Conservation Planning Specialist Group.
Participamos em diversos Planos de Ação Nacionais (PAN) para conservação de espécies de aves, liderados pelo ICMBio.
Organizamos, trabalhamos para viabilizar e patrocinamos oficinas de planejamento lideradas por especialistas, que reúnem diversos profissionais envolvidos com a conservação de espécies e especialistas nas disciplinas necessárias, profissionais brasileiros como também de múltiplos continentes, para elaborar planos integrados ou planejar ações específicas necessárias para salvar espécies. Muitas vezes, as oficinas seguem demandas identificadas por órgãos do governo brasileiro, partes de Planos de Ação Nacionais.
Em 2018, o Parque das Aves se tornou a Sede Nacional Brasileira do CPSG. O Grupo Especialista em Planejamento para a Conservação (CPSG), da UICN, é uma rede global de profissionais da conservação dedicados a salvar espécies ameaçadas através do aumento da efetividade dos esforços de conservação no mundo todo.
O CPSG apoia fortemente a conservação de aves da Mata Atlântica, e tem assumido a causa das aves da Mata Atlântica como projeto bandeira. A parceria entre CPSG e Parque das Aves possibilita diversos workshops, por exemplo:
– Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA
– Análise de contribuições de populações ex situ (One Plan Approach)
O CPSG e o Parque das Aves juntos organizam, apoiam e financiam cursos para as seguintes ferramentas, como também proporcionam serviços gratuitos com sua utilização, para projetos de conservação de aves de Mata Atlântica:
– Facilitação para planejamento em conservação
– VORTEX
– Análise de Risco de Doenças (DRA)
ALÉM DISSO, UTILIZAMOS FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE ATITUDES PARA PLANEJAR ENGAJAMENTO COM COMUNIDADES ESTRATÉGICAS E BASEADAS EM EVIDÊNCIAS. TAMBÉM OFERECEMOS CAPACITAÇÃO NO USO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO CONTEXTO DE PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES.
ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DISEASE RISK ANALYSIS): O CASE DO PROJETO TUCANO
Ranfastídeos são aves muito visadas por traficantes e caçadores. O Parque das Aves já recebeu e reproduziu muitas aves dessa família ao longo dos anos, tornando-se uma importante referência no seu manejo, pois manter espécies de ranfastídeos sob cuidados humanos é um desafio. Por esse motivo, o Parque desenvolve pesquisas na área de nutrição, medicina e reprodução, contribuindo tanto para a comunidade científica quanto para a manutenção dessas espécies em demais instituições conservacionistas.
PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS COMPLEXOS QUE POSSAM CONTRIBUIR COM O MANEJO EX SITU DE TUCANOS, INCLUSIVE ESPÉCIES AMEAÇADAS, UTILIZAMOS A METODOLOGIA DA ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DO INGLÊS, DISEASE RISK ANALYSIS – DRA).

A Análise de Risco de Doenças é um processo estruturado, baseado em evidências, que pode ajudar na tomada de decisões diante da incerteza e determinar o impacto potencial de doenças infecciosas e não infecciosas em ecossistemas, animais selvagens, animais domésticos e pessoas.
Em dezembro de 2018, foi realizado no Parque das Aves a primeira oficina de Análise de Risco de Doenças visando otimizar o manejo e o bem-estar de ranfastídeos. Na ocasião, recebemos especialistas de várias instituições para trabalharmos considerando a metodologia estabelecida pelo CPSG e facilitação do médico veterinário Mathias Dislich, chefe da Divisão de Pesquisa do Parque das Aves. No intuito de aprimorar protocolos sanitários e de manejo, para trazer excelência na rotina de Ranfastídeos, foram estabelecidos relevantes protocolos de trabalho para ações relacionadas à espécie.
VORTEX
Vortex é um modelo computacional que simula as complexas dinâmicas do crescimento populacional da fauna silvestre e como essas dinâmicas podem mudar com o tempo na presença de atividades humanas ameaçadoras. Ao fornecer um conjunto diversificado de dados de entrada sobre parâmetros como taxas médias de reprodução e sobrevivência entre indivíduos em uma população – e a variação dessas taxas ao longo do tempo –, os usuários do Vortex podem criar simulações realistas e informativas de uma variedade de diferentes espécies silvestres, em um amplo espectro de intensidades de gestão. Mais importante, o usuário também pode testar opções alternativas para o manejo de espécies, criando vários cenários e comparando seus resultados para identificar as condições ideais para a viabilidade da população em risco de extinção.
EM 2019, O PARQUE DAS AVES PATROCINOU UM CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA VORTEX EM CAMPO GRANDE – MS, MINISTRADO POR PHIL MILLER E KATHY TRAYLOR HOLZER, DO CPSG, ORGANIZADO PELO INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES – ICAS E PELA INICIATIVA NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ANTA BRASILEIRA – INCAB.

Para fomentar o uso da ferramenta para a conservação de aves da Mata Atlântica, possibilitamos a participação de profissionais do Projeto Jacutinga e do Projeto Papagaio-verdadeiro, como também do núcleo que trabalha na conservação do bicudinho-do-brejo, junto com profissionais do Parque das Aves.
Com o apoio do CPSG, este iniciou um processo de mentoria de equipe do Parque das Aves no uso da ferramenta, e um processo de apoio da equipe do Parque das Aves para desenvolver modelagens de Vortex para a jacutinga e o papagaio-verdadeiro. O objetivo no longo prazo é que profissionais do Parque das Aves e do nosso Centro UICN para Sobrevivência de Espécies do Brasil possam capacitar profissionais no uso dessa ferramenta e forneçam serviços de modelagem como forma de apoio a projetos de conservação.
PROJETO HARPIA
O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.

Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
– Elaboração de recomendações.
– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
Os resultados fazem parte de um trabalho contínuo para melhorar o status populacional da Harpia, que o Parque das Aves apoia de diversas formas.
PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AÇÃO NACIONAL
O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
Um glossário de localização rastreia os nomes, endereços e informações de contato de todos os detentores históricos e atuais da espécie, promovendo assim a comunicação entre eles e o detentor do studbook.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
O Parque das Aves planeja as suas ações e presta serviços em planejamento estratégico para projetos de conservação também na área das Ciências Sociais. Veja mais sobre alguns cases abaixo:
Case: Guardiões do Chauá – Planejamento de ações usando medição atitudinal
Ciências sociais informam nosso planejamento para alcançar resultados positivos para conservação de espécies em campo.
Para o Projeto Papagaio-chauá, o Parque das Aves trabalha, entre outros, na comunidade de Águas Formosas, em Minas Gerais, monitorando populações de papagaios, conduzindo pesquisas sobre tráfico e desenvolvendo ações para engajar a comunidade local positivamente em prol da conservação da espécie.
Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
Uma pesquisa de avaliação formativa foi conduzida com as comunidades locais para refinar a intervenção planejada, conduzida pelo experiente pessoal de avaliação educacional do Parque das Aves, com apoio de especialistas externos do instituto de pesquisa sem fins lucrativos Institute for Methods Innovation.
Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
CAPACITAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS PARA CONSERVAÇÃO
O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
Ajudaremos você a integrar os melhores conhecimentos disponíveis em educação, comunicação e avaliação para conservação em seus planos práticos para engajar o público. O curso dá acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e prática em educação conservacionista, comunicação e avaliação para a educação ambiental, com avaliação integrada em todos os aspectos do curso.
Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
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Programa Amigos da Onça: Grandes predadores e sociobiodiversidade na Caatinga
Nossa missão é promover a conservação dos mamíferos carnívoros neotropicais e de seus habitats. O Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais – Pró-Carnívoros é uma associação civil, de direito privado, não governamental e sem fins lucrativos.
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Para criar esse tipo de planejamento estratégico, trabalhamos em parceria com especialistas em planejamento para conservação no âmbito global, principalmente do CPSG – Conservation Planning Specialist Group.
Participamos em diversos Planos de Ação Nacionais (PAN) para conservação de espécies de aves, liderados pelo ICMBio.
Organizamos, trabalhamos para viabilizar e patrocinamos oficinas de planejamento lideradas por especialistas, que reúnem diversos profissionais envolvidos com a conservação de espécies e especialistas nas disciplinas necessárias, profissionais brasileiros como também de múltiplos continentes, para elaborar planos integrados ou planejar ações específicas necessárias para salvar espécies. Muitas vezes, as oficinas seguem demandas identificadas por órgãos do governo brasileiro, partes de Planos de Ação Nacionais.
Em 2018, o Parque das Aves se tornou a Sede Nacional Brasileira do CPSG. O Grupo Especialista em Planejamento para a Conservação (CPSG), da UICN, é uma rede global de profissionais da conservação dedicados a salvar espécies ameaçadas através do aumento da efetividade dos esforços de conservação no mundo todo.
O CPSG apoia fortemente a conservação de aves da Mata Atlântica, e tem assumido a causa das aves da Mata Atlântica como projeto bandeira. A parceria entre CPSG e Parque das Aves possibilita diversos workshops, por exemplo:
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O CPSG e o Parque das Aves juntos organizam, apoiam e financiam cursos para as seguintes ferramentas, como também proporcionam serviços gratuitos com sua utilização, para projetos de conservação de aves de Mata Atlântica:
– Facilitação para planejamento em conservação
– VORTEX
– Análise de Risco de Doenças (DRA)
ALÉM DISSO, UTILIZAMOS FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE ATITUDES PARA PLANEJAR ENGAJAMENTO COM COMUNIDADES ESTRATÉGICAS E BASEADAS EM EVIDÊNCIAS. TAMBÉM OFERECEMOS CAPACITAÇÃO NO USO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NO CONTEXTO DE PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES.
ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DISEASE RISK ANALYSIS): O CASE DO PROJETO TUCANO
Ranfastídeos são aves muito visadas por traficantes e caçadores. O Parque das Aves já recebeu e reproduziu muitas aves dessa família ao longo dos anos, tornando-se uma importante referência no seu manejo, pois manter espécies de ranfastídeos sob cuidados humanos é um desafio. Por esse motivo, o Parque desenvolve pesquisas na área de nutrição, medicina e reprodução, contribuindo tanto para a comunidade científica quanto para a manutenção dessas espécies em demais instituições conservacionistas.
PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS COMPLEXOS QUE POSSAM CONTRIBUIR COM O MANEJO EX SITU DE TUCANOS, INCLUSIVE ESPÉCIES AMEAÇADAS, UTILIZAMOS A METODOLOGIA DA ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DO INGLÊS, DISEASE RISK ANALYSIS – DRA).

A Análise de Risco de Doenças é um processo estruturado, baseado em evidências, que pode ajudar na tomada de decisões diante da incerteza e determinar o impacto potencial de doenças infecciosas e não infecciosas em ecossistemas, animais selvagens, animais domésticos e pessoas.
Em dezembro de 2018, foi realizado no Parque das Aves a primeira oficina de Análise de Risco de Doenças visando otimizar o manejo e o bem-estar de ranfastídeos. Na ocasião, recebemos especialistas de várias instituições para trabalharmos considerando a metodologia estabelecida pelo CPSG e facilitação do médico veterinário Mathias Dislich, chefe da Divisão de Pesquisa do Parque das Aves. No intuito de aprimorar protocolos sanitários e de manejo, para trazer excelência na rotina de Ranfastídeos, foram estabelecidos relevantes protocolos de trabalho para ações relacionadas à espécie.
VORTEX
Vortex é um modelo computacional que simula as complexas dinâmicas do crescimento populacional da fauna silvestre e como essas dinâmicas podem mudar com o tempo na presença de atividades humanas ameaçadoras. Ao fornecer um conjunto diversificado de dados de entrada sobre parâmetros como taxas médias de reprodução e sobrevivência entre indivíduos em uma população – e a variação dessas taxas ao longo do tempo –, os usuários do Vortex podem criar simulações realistas e informativas de uma variedade de diferentes espécies silvestres, em um amplo espectro de intensidades de gestão. Mais importante, o usuário também pode testar opções alternativas para o manejo de espécies, criando vários cenários e comparando seus resultados para identificar as condições ideais para a viabilidade da população em risco de extinção.
EM 2019, O PARQUE DAS AVES PATROCINOU UM CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA VORTEX EM CAMPO GRANDE – MS, MINISTRADO POR PHIL MILLER E KATHY TRAYLOR HOLZER, DO CPSG, ORGANIZADO PELO INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES – ICAS E PELA INICIATIVA NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ANTA BRASILEIRA – INCAB.

Para fomentar o uso da ferramenta para a conservação de aves da Mata Atlântica, possibilitamos a participação de profissionais do Projeto Jacutinga e do Projeto Papagaio-verdadeiro, como também do núcleo que trabalha na conservação do bicudinho-do-brejo, junto com profissionais do Parque das Aves.
Com o apoio do CPSG, este iniciou um processo de mentoria de equipe do Parque das Aves no uso da ferramenta, e um processo de apoio da equipe do Parque das Aves para desenvolver modelagens de Vortex para a jacutinga e o papagaio-verdadeiro. O objetivo no longo prazo é que profissionais do Parque das Aves e do nosso Centro UICN para Sobrevivência de Espécies do Brasil possam capacitar profissionais no uso dessa ferramenta e forneçam serviços de modelagem como forma de apoio a projetos de conservação.
PROJETO HARPIA
O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.

Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
– Elaboração de recomendações.
– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
Os resultados fazem parte de um trabalho contínuo para melhorar o status populacional da Harpia, que o Parque das Aves apoia de diversas formas.
PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AÇÃO NACIONAL
O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
Um glossário de localização rastreia os nomes, endereços e informações de contato de todos os detentores históricos e atuais da espécie, promovendo assim a comunicação entre eles e o detentor do studbook.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
O Parque das Aves planeja as suas ações e presta serviços em planejamento estratégico para projetos de conservação também na área das Ciências Sociais. Veja mais sobre alguns cases abaixo:
Case: Guardiões do Chauá – Planejamento de ações usando medição atitudinal
Ciências sociais informam nosso planejamento para alcançar resultados positivos para conservação de espécies em campo.
Para o Projeto Papagaio-chauá, o Parque das Aves trabalha, entre outros, na comunidade de Águas Formosas, em Minas Gerais, monitorando populações de papagaios, conduzindo pesquisas sobre tráfico e desenvolvendo ações para engajar a comunidade local positivamente em prol da conservação da espécie.
Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
Uma pesquisa de avaliação formativa foi conduzida com as comunidades locais para refinar a intervenção planejada, conduzida pelo experiente pessoal de avaliação educacional do Parque das Aves, com apoio de especialistas externos do instituto de pesquisa sem fins lucrativos Institute for Methods Innovation.
Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
CAPACITAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS PARA CONSERVAÇÃO
O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
Ajudaremos você a integrar os melhores conhecimentos disponíveis em educação, comunicação e avaliação para conservação em seus planos práticos para engajar o público. O curso dá acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e prática em educação conservacionista, comunicação e avaliação para a educação ambiental, com avaliação integrada em todos os aspectos do curso.
Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
SAIBA MAIS
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Programa Amigos da Onça: Grandes predadores e sociobiodiversidade na Caatinga
Nossa missão é promover a conservação dos mamíferos carnívoros neotropicais e de seus habitats. O Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais – Pró-Carnívoros é uma associação civil, de direito privado, não governamental e sem fins lucrativos.
ler mais
Ranfastídeos são aves muito visadas por traficantes e caçadores. O Parque das Aves já recebeu e reproduziu muitas aves dessa família ao longo dos anos, tornando-se uma importante referência no seu manejo, pois manter espécies de ranfastídeos sob cuidados humanos é um desafio. Por esse motivo, o Parque desenvolve pesquisas na área de nutrição, medicina e reprodução, contribuindo tanto para a comunidade científica quanto para a manutenção dessas espécies em demais instituições conservacionistas.
PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS COMPLEXOS QUE POSSAM CONTRIBUIR COM O MANEJO EX SITU DE TUCANOS, INCLUSIVE ESPÉCIES AMEAÇADAS, UTILIZAMOS A METODOLOGIA DA ANÁLISE DE RISCO DE DOENÇAS (DO INGLÊS, DISEASE RISK ANALYSIS – DRA).
A Análise de Risco de Doenças é um processo estruturado, baseado em evidências, que pode ajudar na tomada de decisões diante da incerteza e determinar o impacto potencial de doenças infecciosas e não infecciosas em ecossistemas, animais selvagens, animais domésticos e pessoas.
Em dezembro de 2018, foi realizado no Parque das Aves a primeira oficina de Análise de Risco de Doenças visando otimizar o manejo e o bem-estar de ranfastídeos. Na ocasião, recebemos especialistas de várias instituições para trabalharmos considerando a metodologia estabelecida pelo CPSG e facilitação do médico veterinário Mathias Dislich, chefe da Divisão de Pesquisa do Parque das Aves. No intuito de aprimorar protocolos sanitários e de manejo, para trazer excelência na rotina de Ranfastídeos, foram estabelecidos relevantes protocolos de trabalho para ações relacionadas à espécie.
VORTEX
Vortex é um modelo computacional que simula as complexas dinâmicas do crescimento populacional da fauna silvestre e como essas dinâmicas podem mudar com o tempo na presença de atividades humanas ameaçadoras. Ao fornecer um conjunto diversificado de dados de entrada sobre parâmetros como taxas médias de reprodução e sobrevivência entre indivíduos em uma população – e a variação dessas taxas ao longo do tempo –, os usuários do Vortex podem criar simulações realistas e informativas de uma variedade de diferentes espécies silvestres, em um amplo espectro de intensidades de gestão. Mais importante, o usuário também pode testar opções alternativas para o manejo de espécies, criando vários cenários e comparando seus resultados para identificar as condições ideais para a viabilidade da população em risco de extinção.
EM 2019, O PARQUE DAS AVES PATROCINOU UM CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA VORTEX EM CAMPO GRANDE – MS, MINISTRADO POR PHIL MILLER E KATHY TRAYLOR HOLZER, DO CPSG, ORGANIZADO PELO INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES – ICAS E PELA INICIATIVA NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ANTA BRASILEIRA – INCAB.

Para fomentar o uso da ferramenta para a conservação de aves da Mata Atlântica, possibilitamos a participação de profissionais do Projeto Jacutinga e do Projeto Papagaio-verdadeiro, como também do núcleo que trabalha na conservação do bicudinho-do-brejo, junto com profissionais do Parque das Aves.
Com o apoio do CPSG, este iniciou um processo de mentoria de equipe do Parque das Aves no uso da ferramenta, e um processo de apoio da equipe do Parque das Aves para desenvolver modelagens de Vortex para a jacutinga e o papagaio-verdadeiro. O objetivo no longo prazo é que profissionais do Parque das Aves e do nosso Centro UICN para Sobrevivência de Espécies do Brasil possam capacitar profissionais no uso dessa ferramenta e forneçam serviços de modelagem como forma de apoio a projetos de conservação.
PROJETO HARPIA
O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.

Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
– Elaboração de recomendações.
– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
Os resultados fazem parte de um trabalho contínuo para melhorar o status populacional da Harpia, que o Parque das Aves apoia de diversas formas.
PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AÇÃO NACIONAL
O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
Um glossário de localização rastreia os nomes, endereços e informações de contato de todos os detentores históricos e atuais da espécie, promovendo assim a comunicação entre eles e o detentor do studbook.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
O Parque das Aves planeja as suas ações e presta serviços em planejamento estratégico para projetos de conservação também na área das Ciências Sociais. Veja mais sobre alguns cases abaixo:
Case: Guardiões do Chauá – Planejamento de ações usando medição atitudinal
Ciências sociais informam nosso planejamento para alcançar resultados positivos para conservação de espécies em campo.
Para o Projeto Papagaio-chauá, o Parque das Aves trabalha, entre outros, na comunidade de Águas Formosas, em Minas Gerais, monitorando populações de papagaios, conduzindo pesquisas sobre tráfico e desenvolvendo ações para engajar a comunidade local positivamente em prol da conservação da espécie.
Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
Uma pesquisa de avaliação formativa foi conduzida com as comunidades locais para refinar a intervenção planejada, conduzida pelo experiente pessoal de avaliação educacional do Parque das Aves, com apoio de especialistas externos do instituto de pesquisa sem fins lucrativos Institute for Methods Innovation.
Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
CAPACITAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS PARA CONSERVAÇÃO
O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
Ajudaremos você a integrar os melhores conhecimentos disponíveis em educação, comunicação e avaliação para conservação em seus planos práticos para engajar o público. O curso dá acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e prática em educação conservacionista, comunicação e avaliação para a educação ambiental, com avaliação integrada em todos os aspectos do curso.
Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
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Vortex é um modelo computacional que simula as complexas dinâmicas do crescimento populacional da fauna silvestre e como essas dinâmicas podem mudar com o tempo na presença de atividades humanas ameaçadoras. Ao fornecer um conjunto diversificado de dados de entrada sobre parâmetros como taxas médias de reprodução e sobrevivência entre indivíduos em uma população – e a variação dessas taxas ao longo do tempo –, os usuários do Vortex podem criar simulações realistas e informativas de uma variedade de diferentes espécies silvestres, em um amplo espectro de intensidades de gestão. Mais importante, o usuário também pode testar opções alternativas para o manejo de espécies, criando vários cenários e comparando seus resultados para identificar as condições ideais para a viabilidade da população em risco de extinção.
EM 2019, O PARQUE DAS AVES PATROCINOU UM CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA VORTEX EM CAMPO GRANDE – MS, MINISTRADO POR PHIL MILLER E KATHY TRAYLOR HOLZER, DO CPSG, ORGANIZADO PELO INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES – ICAS E PELA INICIATIVA NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ANTA BRASILEIRA – INCAB.
Para fomentar o uso da ferramenta para a conservação de aves da Mata Atlântica, possibilitamos a participação de profissionais do Projeto Jacutinga e do Projeto Papagaio-verdadeiro, como também do núcleo que trabalha na conservação do bicudinho-do-brejo, junto com profissionais do Parque das Aves.
Com o apoio do CPSG, este iniciou um processo de mentoria de equipe do Parque das Aves no uso da ferramenta, e um processo de apoio da equipe do Parque das Aves para desenvolver modelagens de Vortex para a jacutinga e o papagaio-verdadeiro. O objetivo no longo prazo é que profissionais do Parque das Aves e do nosso Centro UICN para Sobrevivência de Espécies do Brasil possam capacitar profissionais no uso dessa ferramenta e forneçam serviços de modelagem como forma de apoio a projetos de conservação.
PROJETO HARPIA
O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.

Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
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– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
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Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
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A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
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Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
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Programa Amigos da Onça: Grandes predadores e sociobiodiversidade na Caatinga
Nossa missão é promover a conservação dos mamíferos carnívoros neotropicais e de seus habitats. O Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais – Pró-Carnívoros é uma associação civil, de direito privado, não governamental e sem fins lucrativos.
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O Programa Nacional de Conservação do Gavião-Real (Projeto Harpia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, foi iniciado em 1997 e atua no território nacional para a conservação da espécie. O Programa inclui o Projeto Harpia da Mata Atlântica, sendo que a harpia pode ser considerada criticamente ameaçada dentro desse bioma.
Em março de 2017 foi realizado uma Análise de Viabilidade Populacional e de Habitat – PHVA (do inglês, Population and Habitat Viability Assessment) para a harpia, organizado pelo PNCGR, UFES e CBSG, com apoio do Parque das Aves e do Refúgio Biológico Bela Vista, e com componente facilitado por equipe do Parque das Aves.
Um workshop do PHVA apresenta o rigor científico de uma análise de viabilidade populacional (PVA), que ajuda biólogos e gestores da vida selvagem a entender mais claramente as ameaças que influenciam as populações. O esforço do PVA é combinado com métodos inovadores para ajudar as pessoas a organizar e avaliar informações em uma ampla gama de disciplinas e perspectivas.
Como parte do PHVA da harpia, foi estabelecido um Grupo de Trabalho para o Programa Ex Situ. A viabilidade do estabelecimento de um programa ex situ para a conservação da espécie no Brasil foi avaliada, usando como documento base as “Diretrizes de Manejo Ex Situ para a Conservação de Espécies”, da IUCN (IUCN/SSC, 2014).
OS RESULTADOS FAZEM PARTE DE UM TRABALHO CONTÍNUO PARA MELHORAR O STATUS POPULACIONAL DA HARPIA, QUE O PARQUE DAS AVES APOIA DE DIVERSAS FORMAS.
O trabalho incluiu:
– Revisão do status da espécie em cativeiro no Brasil e análise de ameaças;
– Identificação de potenciais funções de conservação ex situ e como elas podem ajudar a reduzir cada ameaça;
– Avaliação dos componentes e da viabilidade de um programa ex situ;
– Avaliação dos custos, riscos, possibilidade de implantação e impacto esperado;
– Elaboração de recomendações.
– Em outubro de 2018, uma oficina foi organizada, reunindo mantenedores nacionais e estrangeiros em Foz do Iguaçu para definir a criação do programa de manejo cooperativo, tendo como parceiros Itaipu Binacional e Parque das Aves, e patrocinado pelo Beauval Nature, França, contando com a participação de equipe do Parque das Aves.
Os resultados fazem parte de um trabalho contínuo para melhorar o status populacional da Harpia, que o Parque das Aves apoia de diversas formas.
PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AÇÃO NACIONAL
O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
Um glossário de localização rastreia os nomes, endereços e informações de contato de todos os detentores históricos e atuais da espécie, promovendo assim a comunicação entre eles e o detentor do studbook.
PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
O Parque das Aves planeja as suas ações e presta serviços em planejamento estratégico para projetos de conservação também na área das Ciências Sociais. Veja mais sobre alguns cases abaixo:
Case: Guardiões do Chauá – Planejamento de ações usando medição atitudinal
Ciências sociais informam nosso planejamento para alcançar resultados positivos para conservação de espécies em campo.
Para o Projeto Papagaio-chauá, o Parque das Aves trabalha, entre outros, na comunidade de Águas Formosas, em Minas Gerais, monitorando populações de papagaios, conduzindo pesquisas sobre tráfico e desenvolvendo ações para engajar a comunidade local positivamente em prol da conservação da espécie.
Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
Uma pesquisa de avaliação formativa foi conduzida com as comunidades locais para refinar a intervenção planejada, conduzida pelo experiente pessoal de avaliação educacional do Parque das Aves, com apoio de especialistas externos do instituto de pesquisa sem fins lucrativos Institute for Methods Innovation.
Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
CAPACITAÇÃO EM PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS PARA CONSERVAÇÃO
O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
Ajudaremos você a integrar os melhores conhecimentos disponíveis em educação, comunicação e avaliação para conservação em seus planos práticos para engajar o público. O curso dá acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e prática em educação conservacionista, comunicação e avaliação para a educação ambiental, com avaliação integrada em todos os aspectos do curso.
Para fornecer apoio prático no desenvolvimento de planos, ferramentas e métodos de conservação informados pela Ciência Social, este curso de formação inclui um período presencial de uma semana no Parque das Aves.
O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
Clique em um dos temais abaixo para saber mais sobre o assunto:
FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves
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O Parque das Aves integra o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica. Entre outras ações, o Parque das Aves é articulador de componentes para avaliar estabelecimento de populações ex situ e para reintrodução e revigoramento de espécies. Além disso, vários dos processos e oficinas de planejamento promovidos ou organizados pelo Parque das Aves atendem a demandas identificadas como parte de Planos de Ação Nacional e Programas Nacionais.
Case: Oficina de planejamento estratégico para a conservação integrada de sete espécies de psitacídeos
Em novembro de 2018, CPSG proporcionou um workshop para aplicação das diretrizes da IUCN SSC sobre uso de manejo ex situ para a conservação das espécies de papagaios contempladas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Papagaios, do ICMBio, como também do periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), considerado o periquito mais ameaçado das Américas. O workshop foi organizado, custeado e cofacilitado pelo Parque das Aves, contando com Kathy Traylor Holzer, do CPSG, como facilitadora principal, e com apoio adicional de Kristin Leus, da CPSG Europa, e seguiu demandas geradas dentro do PAN Papagaios.
Foram contempladas as espécies papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além do periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus), dentro da proposta de Plano Único de Conservação (One Plan Approach), da IUCN.
Case: Oficina de planejamento para salvar a choquinha-de-alagoas e a rolinha-do-planalto
A choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi) e a rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) são duas espécies à beira da extinção.
A rolinha-do-planalto é considerada Criticamente Ameaçada (CR) pela BirdLife International/UICN, e é uma das espécies mais raras do mundo. A espécie permaneceu 75 anos sem avistamentos, até que uma população foi redescoberta em 2015 em Botumirim, em Minas Gerais. Isso representa uma oportunidade única para entender a ecologia dessa espécie e implementar um programa de longo prazo para assegurar sua conservação e de seu habitat. Atualmente, o número total da população conhecida é de apenas 18 indivíduos.
ESTIMA-SE QUE RESTEM APENAS 40 INDIVÍDUOS DE CHOQUINHA-DE-ALAGOAS (MYRMOTHERULA SNOWI) NO MUNDO TODO.
A choquinha-de-alagoas é uma das espécies de aves com maior probabilidade de desaparecer em futuro próximo. Está Criticamente em Perigo (CR) e agora encontra-se apenas na Estação Ecológica de Murici, em um fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil. Estima-se que restem apenas 40 indivíduos no mundo todo. Duas outras aves com as quais compartilhou seu habitat foram globalmente extintas, entre as poucas extinções recentes de aves em um continente. É necessário que as ações para salvar a choquinha-de-alagoas e seus habitats do mesmo destino sejam implementadas com urgência.
A SAVE Brasil é a principal protagonista nas ações para ambas as espécies, e convidou o Parque das Aves para co-organizar uma oficina de planejamento para desenvolver estratégias e protocolos para salvar ambas as espécies, juntando especialistas brasileiros e estrangeiros de quatro continentes, com facilitação do CPSG. A ação integra um objetivo contemplado dentro do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves da Mata Atlântica e do Plano de Ação Nacional para Conservação de Aves do Cerrado e Pantanal, do ICMBio.
CONDUÇÃO DE STUDBOOKS
O Parque das Aves é studbook keeper para as espécies jacutinga (Aburria jacutinga) e cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), através do acordo de cooperação técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio.
Por que studbooks são importantes?
Os studbooks são a ferramenta mais importante na gestão científica de populações ex situ de animais silvestres, assegurando um tamanho suficiente, estabilidade demográfica e alto nível de diversidade genética.
Studbook keepers mantêm o histórico genealógico e demográfico de um táxon especificamente definido, como o gênero, a espécie, a subespécie ou outra população específica em cativeiro. Os livros de estudo contêm o número de registro de cada animal de espécies específicas mantidas sob cuidados humanos, seu sexo e data de nascimento, a identidade de seus pais, onde nasceu e onde (e quando) foi transferido para outras instituições.
Os studbooks também catalogam quaisquer nascimentos, capturas, transferências, mortes e liberações durante o período do relatório. Outras informações importantes para o manejo das espécies também são incluídas, como informações de criação ou características comportamentais que afetam a capacidade de participar de um programa de melhoramento genético e, em última análise, causas de morte.
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PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA MUDAR ATITUDES
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Entre as ações, um projeto foi desenvolvido para promover a ciência cidadã, focado em grupos familiares, chamado de Guardiões do Chauá.
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Com base nisso, um plano detalhado foi desenvolvido e o recrutamento de participantes foi concluído para iniciar as sessões de capacitação em ciência cidadã e observação.
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O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
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O Parque das Aves conduz um curso anual de treinamento de 13 semanas em Educação, Comunicação e Avaliação em Conservação, destinado a fornecer ferramentas para profissionais que trabalham com conservação no Brasil e internacionalmente, para que desenvolvam educação e comunicação baseadas em evidências, tanto em intervenções in situ como ex situ.
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O curso conta com os principais especialistas mundiais, incluindo o Dr. Eric Jensen (Parque das Aves), a Dra. Judy Mann (Ushaka Marine World), o Dr. Andrew Moss (Chester Zoo) e a Professora Alessandra Bizerra (Universidade de São Paulo).
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Sessões com as famílias são conduzidas, com as crianças participantes assumindo um papel de liderança ao mostrar aos membros da família como fazer as observações e liderando parcialmente as observações de aves. Um aplicativo foi desenvolvido, através do qual as crianças puderam registrar suas observações de chauás, além de contar com perguntas sobre as atitudes das crianças em relação à espécie e seus principais problemas. Esses dados são usados para planejar e refinar ações adicionais.
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O projeto foi concebido para garantir que as experiências de observação de aves tenham os efeitos positivos desejados, superem potenciais barreiras e se alinhem com as restrições logísticas do contexto local.
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