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Arara Azul

ARARA AZUL

Aqui você encontrar informações gerais sobre as araras-azuis, especialmente sobre a arara-azul, objeto de estudo do Projeto Arara Azul e o maior representante da família Psittacidae.
Você também vai encontrar informações sobre os psitacídeos, espécies ameaçadas, lista de psitacídeos ameaçados no Brasil, araras do gênero Ara e outras espécies de araras, menores e conhecidas como maracanãs que aqui ocorrem, bem como referências sobre esses assuntos.

 

PSITACÍDEOS

É nessa família que encontramos as araras, papagaios, periquitos, jandaias, maracanãs, tuims, agapornis, etc. No mundo, as espécies encontram-se distribuídas pela área tropical do globo terrestre (neotropical, afrotropical, oriental e australiano) e irradiam-se para as áreas subtropicais e frias. O Brasil é o país mais rico do mundo nesta família, possuindo desde exemplares menores como o tuim com 12 cm até o maior representante, como a arara-azul, com 1 m de comprimento. Na época do descobrimento de nossas terras, essa abundância já era reportada, sendo o nosso país designado como “Terra dos papagaios” (Brasília sive terra papagallorum).

As principais características dessas espécies são possuir uma cabeça larga e robusta onde se apóia um bico forte, alto e curvo especializado em quebrar e descascar sementes. Para ajudar na manipulação dessas sementes, eles ainda possuem uma musculatura na mandíbula e na língua muito desenvolvidas. Possuem pés curtos, mas muito articuláveis, que além de sustentarem o corpo dos animais, auxiliam na manipulação dos alimentos que consomem. Tanto os machos como as fêmeas possuem lindas plumagens com cores exuberantes, conferindo-lhes uma beleza inigualável. Usualmente os sexos são bem parecidos.

Esta família é constituída de 78 gêneros (divisão dentro da família), onde são distribuídas 332 espécies de psitacídeos. Estudos realizados em 1994 mostram que 86 dessas espécies estão criticamente muito próximas da extinção e outras 36 ameaçadas de extinguirem se medidas não forem tomadas. Só no Brasil vivem cerca de 84 espécies distribuídas em 24 gêneros, segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO).

 

ESPÉCIES AMEAÇADAS

Devido à limitação dos recursos naturais renováveis, ao aumento da população humana, a necessidade de produzir cada vez mais alimento, a perda, a descaracterização ou fragmentação de habitat, a poluição e as mudanças climáticas globais, muitos animais no mundo inteiro estão a caminho da extinção.

Segundo União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN), a extinção é uma ameaça para 12.259 espécies de animais e plantas, de todo o planeta, e já se transformou em realidade em 762 casos. Outras 58 espécies, já não são mais encontradas em ambiente silvestres, sendo reproduzidas ou conservadas apenas em cativeiro. O Brasil é o quarto país no ranking de animais que estão em perigo de extinção, pois tem 282 animais em risco de extinção, contra 859 dos Estados Unidos, 527 da Austrália e 411 da Indonésia.

Araras e papagaios são exemplares dos mais impressionantes da avifauna tropical. Exatamente por serem belos, com plumagens coloridas, se adaptarem facilmente ao cativeiro, possuírem capacidade de imitar a fala e interagir bem com a população humana, os Psitacídeos são um grupo dos mais ameaçados do mundo. O interesse humano pelas araras é tão antigo que há muitos séculos elas já eram capturadas para servirem como animais de estimação e utilização de suas penas como ornamento. Por isso, o Projeto Arara Azul tem utilizado a arara-azul como espécie bandeira para a conservação.
 
LISTA DAS ESPÉCIES DE PSITACÍDEOS AMEAÇADOS DO BRASIL
No Brasil, 16 espécies de Psittacideos estão vulneráveis ou ameaçadas de extinção, sendo que duas espécies estão em condição pior: a arara-azul-pequena desaparecida nos últimos 50 anos e considerada extinta e a ararinha-azul, extinta na natureza, cujo último exemplar desapareceu em outubro de 2000, restando hoje em torno de 60 indivíduos em cativeiro espalhados pelo mundo.

 

AS ARARAS BRASILEIRAS

As araras são encontradas desde o Sul da América do Norte (México) até América do Sul. São 16 espécies de araras, distribuídas entre seis gêneros. Aqui, novamente o Brasil é campeão, por ter representantes de todos os gêneros e o maior número de espécies, num total de 13 espécies de araras. As “araras-azuis” atuais são quase exclusividade brasileira, pois duas espécies A. leari e Cyanopsitta spixii são endêmicas (só são encontradas) no Brasil. A arara-azul A. hyacinthinus tem a maior população no Brasil, sendo que foi praticamente extinta no Paraguai e Bolívia, mas já sendo encontrada neste último.

Do gênero Ara, o Brasil possui quatro representantes que são as duas araras-vermelhas, (A. chloropterus e A. macao), a arara-canindé (A. araraúna) e a maracanã-guaçu (A. severus). São encontradas mais quatro espécies consideradas grandes araras e que pertencem a esse gênero: Ara ambígua (Buffon`s Macaw) que ocorre na América Central em Honduras, Nicaragua, Costa Rica e Panamá com uma sub-espécie guayaquilensis que ocorre na Colômbia e Equador; Ara militaris (Military Macaw) que ocorre desde o México até norte da Bolívia, com três sub-espécies: militaris, boliviana, mexicana; Ara glaucogularis (Blue-throated Macaw) e Ara rubrogenys (Red-fronted-Macaw) que só ocorrem na Bolívia.
Completam a lista das araras brasileiras, citadas abaixo, mais cinco espécies, pertencentes a três gêneros, que são consideradas as araras pequenas.

As araras brasileiras estão distribuídas em 6 gêneros diferentes, são eles:
Anodorhynchus: com 3 espécies: A. hyacinthinus, A. leari e A. glaucus.
Cyanopsitta: 1 espécie C. spixii.
Ara: com 4 espécies: A. ararauna, A. chloropterus, A. macao e A. severus.
Orthopsittaca: com 1 espécie: O. manilata.
Primolius: com 3 espécies: P. maracanã, P. auricollis e P. couloni.
Diopsittaca: com 1 espécie: D. nobilis.

 

AS ARARAS-AZUIS

Aqui serão apresentadas as três espécies do gênero Anodorhynchus: hyacinthinus, leari e glaucus, que são consideradas como as verdadeiras araras-azuis, por terem a cor predominantemente azul. Vale lembrar que este gênero possui espécie extinta (A.glaucus) e as outras duas estão na lista mundial de espécies ameaçadas, classificadas como “criticamente em perigo” a arara-azul-de-lear (A. leari, com cerca de 600 indivíduos na natureza) e “em perigo” a arara-azul, que possui a maior população do gênero na natureza, pois vem se recuperando no Pantanal, mas ainda sofre com a captura para o tráfico principalmente em outras regiões do Brasil e pela descaracterização do habitat).

Será incluída também a espécie Cyanopsitta spixii, por ser popularmente conhecida no Brasil como ararinha-azul. Embora esta espécie esteja, atualmente, extinta na natureza, ela vem sendo reproduzida em cativeiro para futura reintrodução. A ararinha-azul e a arara-azul-de-lear são genuinamente brasileiras, pois sua distribuição é restrita ao Brasil, no estado da Bahia.

 

ARARA-AZUIS
CARACTERÍSTICAS
NOME POPULAR: Conhecida como arara-azul, arara-azul-grande, arara-preta, araraúna e arara hiacinta. Em inglês: Hyacinth Macaw ou Hyacithine Macaw. Alemão: Hyacinthara. Francês: Ara Bleu, Ara Hyacinthe, Ara Jacinthe. Espanhol: Guacamayo Azul, Guacamayo jacinto, Paraba Azul. Sueco: Hyacintara, Större Hyacintara.
NOME CIENTÍFICO: Anodorhynchus hyacinthinus. Descrita por Latham em 1790. A etimologia da palavra anodorhynchus refere-se ao bico sem dentes, de maxila sem entalhe e o nome hyacinthinus é dado pela cor, predominantemente azul.
CLASSIFICAÇÃO: a arara-azul pertence ao Reino Animalia, Filo Chordata, Classe das Aves, Ordem Psittaciformes, a família Psittacidae e gênero Anodorhynchus.
STATUS: Arara-azul é uma espécie ameaçada de extinção no Brasil (MMA, 2003), Listada no Apêndice 1 do CITES (Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção) e vulnerável de acordo com a IUCN (União Mundial para a Conservação da Natureza).
CARACTERÍSTICAS: as araras-azuis são aves sociais que vivem em família, bandos ou grupos. É difícil encontrá-las sozinha em vida livre. Elas são aves conspícuas e que apresentam certa fidelidade aos locais de alimentação e reprodução. Jovens e casais não reprodutivos se reúnem em dormitórios, que além de proteção, parecem funcionar como verdadeiros “centros de troca de informações”. Estão entre as aves mais inteligentes do grupo das aves.
TAMANHO: Comprimento: até 1 m (da ponta do bico a ponta da cauda). Sendo a maior espécie no mundo da família Psittacidae. Peso: Adulto até 1,3 kg porém filhotes podem atingir até 1,7 kg no período de pico de peso.
COLORAÇÃO: Possui plumagem na cor azul cobalto, degradê da cabeça para a cauda, sendo preta a parte inferior da penas das asas e cauda. Possui amarelo intenso ao redor dos olhos (anel perioftálmico), pálpebras e na pele nua em torno da base da mandíbula. O bico é grande, maciço, curvo e preto, formando quase um círculo com a cabeça. A língua espessa e preta chama atenção pela faixa amarela nas laterais.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Antigamente comum em grande parte do Brasil, hoje é encontrada no Pantanal, abrangendo pantanal Boliviano, Paraguaio e Brasileiro, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, bem como no norte do Brasil, nos estados do Amazonas e Pará e na região de “Gerais” que incluem territórios do Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins e Goiás. Infelizmente não existem informações suficientes para afirmar se as araras-azuis estão formando uma população única, interligadas e cruzando entre si ou se as mesmas estão desconectadas, geograficamente separadas, formando três populações: Pantanal, Amazônia e “Gerais”. Em estudos recentes desenvolvidos pelo Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da USP em parceria com o Projeto Arara Azul e outros foram encontrados marcadores diferentes que sugerem uma variação na composição genética da população. Agora esses estudos estão sendo ampliados para confirmar ou não esta informação.
HABITAT: Na região do Pantanal, são encontradas em áreas abertas, nas matas que possuem palmeiras, enquanto seus ninhos estão localizados na borda ou interior de cordilheiras e capões, bem como em áreas abertas para o pasto. Na região do Pará, utiliza as florestas úmidas, preferindo locais de várzeas ricas em palmeiras. Nas regiões mais secas (TO, PI, MA e BA), é comum encontrá-las em áreas sazonalmente secas, preferindo os platôs e vales dos paredões rochosos, nesta região faz ninhos em ocos de palmeiras (TO), árvores emergentes (PA) ou em falhas de paredões rochosos (PI).
ALIMENTAÇÃO: Araras-azuis são um dos psitacídeos mais especializados na alimentação constituída basicamente de sementes de palmeiras, que elas consegue quebrar facilmente com a potência do seu bico. Na região pantaneira, alimenta-se de acuri (Scheelea phalerata) e bocaiúva (Acrocomia aculeata). Na região paraense alimenta-se de inajá (Maximiliana regia), babaçu (Orbiguya martiana) e tucumã (Astrocaryum sp). Nas regiões secas, alimenta-se de licuri ou catolé (Syagrus coronata), piaçava (Attalea funifera), buriti (Mauritia vinifera) e Orbiguya eicherii. O local mais frequente de alimentação tem sido o chão, seja no campo ou nas proximidades das sedes de fazendas. Nestes casos, elas estão se alimentando da castanha-do-acuri, cujo mesocarpo (polpa) já foi retirado por outros animais, principalmente o gado e outros animais silvestres. No período de frutificação das bocaiúvas, elas são vistas se alimentando diretamente nos cachos.

A alimentação geralmente é feita em grupos, como forma de aumentar a proteção. Sempre há um indivíduo de sentinela que, a qualquer barulho ou movimento estranho, dá um grito e todas as araras saem voando. Os horários de forrageamento são mais frequentes no início da manhã, entre 06:00 e 10:00 horas, e no final da tarde, entre 14:30 e 17:00 horas.

 

REPRODUÇÃO E CONSERVAÇÃO
COMPORTAMENTO: na natureza, as araras-azuis podem ser observadas voando ou com mais facilidade andando pelo chão, penduradas nos cachos de frutos das palmeiras ou pousadas em galhos secos das árvores ou ainda nos mourões de cercas e mangueiros.

São encontradas em bandos de 10 a 30 araras, especialmente nas áreas de alimentação e nos locais denominados dormitórios (locais para descansar e dormir), como também em pares reprodutivos. Quando esses bandos são observados podemos verificar a alta socialização (interação) entre os indivíduos. É muito comum observarmos as araras vocalizando (parece que conversam umas com as outras), executam preening (um indivíduo coçando ou fazendo limpeza de penas no outro), brincam umas com as outras e com os galhos, flores, folhas das árvores que estão pousadas. Já na época reprodutiva é possível observar os casais alimentando-se e voando juntos, geralmente são fiéis ao parceiro e dividem a tarefa de cuidar dos ovos e filhotes.

SÍTIOS DE NIDIFICAÇÃO: As araras-azuis não parecem selecionar ninhos com características padronizadas, como forma e tamanho das cavidades, orientação das aberturas, etc, mas mostram preferência por árvores que se destacam da vegetação, localizadas nas bordas de cordilheiras ou capões e com cavidades mais acessíveis.

Na região do Pantanal, 90% dos ninhos são encontrados nas árvores de manduvi. Essas árvores de tronco grosso e cerne (interior) macio, facilita a formação do ninho. As araras-azuis são escavadores secundários. Elas aproveitam pequenas cavidades abertas por pica-paus, cupins ou fungos, como também locais onde houve a quebra de um galho para aumentar a cavidade e depois forrando com serragem, constroem o seu ninho. Por esta característica elas podem ser chamadas de engenheiras ambientais. Ao fazerem os seus ninhos, as araras acabam fazendo ninhos para outras espécies como tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outros. No entorno do Pantanal, na região de Aquidauana e Rio Negro e no Piauí, na Chapada das Mangabeiras foram encontrados ninhos de araras-azuis nas falhas de paredões rochosos. No Pantanal tem aceitado e se reproduzido nos ninhos artificiais, confeccionados em caixa de madeira, pelo Projeto Arara Azul.

A maioria dos ninhos podem ser reutilizados de ano para ano. Elas sempre forram a base do ninho com serragem que beliscam da própria árvore. Isto faz com que a base dos ninhos, fique cada vez mais funda. O Projeto já encontrou ninho cuja base estava distante a quatro metros da abertura. Nesse caso, o filhote não conseguiu sair, ficando preso dentro do ninho durante um ano, sendo alimentado pelos pais até que o ninho foi manejado, com a abertura de uma janela mais próxima da base do ninho. O filhote foi retirado e como estava com as penas da cauda e das asas danificadas, não podendo voar, foi levado para o CRAS – Centro de Reabilitação em Campo Grande até que se recuperasse.

REPRODUÇÃO: após a formação do casal, passam a maior parte do tempo juntos dividindo todas as tarefas. Em julho começam a inspecionar e reformar as cavidades, para o período de reprodução que está começando. O pico de reprodução pode variar, mas em geral acontece de setembro a outubro, sendo que a criação dos filhotes pode se estender até janeiro ou fevereiro do ano seguinte. Nesta época é comum ver a disputa por ninhos entre as araras-azuis e também com outras espécies. Cerca de outras 17 espécies ocupam ninhos artificiais desenvolvidos pelo Projeto Arara Azul. A taxa de reprodução é baixa e alguns casais só se reproduzem a cada dois anos.

A fêmea costuma botar de 1 a 3 ovos em dias diferentes, a média encontrada é de 2 ovos. É ela que fica no ninho, chocando os ovos, sendo nesse período alimentada pelo macho. O período de incubação do ovo é de 28 a 30 dias. Estudos mostram que a taxa de eclosão do ovo (nascimento do filhote) é de 90%. Os ovos podem ser predados por caracarás, quatis, tucanos, gralhas e gambás, e a taxa de predação varia de 20 a 40%.

Os filhotes nascem em média com 31,6 gramas e 82,7 mm. Nessa fase, os pais saem para buscar alimento para que os filhotes cresçam e ganhe peso rapidamente. Até 45 dias de vida, os filhotes estão sujeitos a predação por formigas, tucanos e gaviões. Entretanto, o maior índice de mortalidade, ocorre até o quinto dia de vida do segundo filhote. Quando a diferença de idade entre o primeiro e o segundo filhote é maior que cinco dias, geralmente, o segundo filhote não sobrevive.

Aproximadamente com 107 dias de vida (3 meses), os filhotes voam. Não voltam mais para dentro dos ninhos mas podem ficar nas proximidades ou voar para longe acompanhado os pais. Nessa fase ainda são alimentados pelos pais, mas também é quando começa o aprendizado dos filhotes. Aprendem onde e o que comer, onde podem dormir, a se defender de predadores. A partir dos 9-10 meses de vida, os filhotes já estão aptos a se alimentarem sozinhos, mas alguns ainda acompanham os pais por 12 ou 18 meses, quando então eles entram para os bandos de jovens e deixam os pais livres para se reproduzirem novamente. Somente com 7-9 anos de vida é que esses filhotes iniciarão a sua vida reprodutiva, formando casais e criando a sua família.

Para exemplificar a baixa taxa reprodutiva das araras-azuis, dos 106 ninhos naturais monitorados em 1997, 70% (N=74) foram ativos 50 casais botaram ovos, dos quais 09 foram predados. O restante produziu 57 filhotes dos quais 44 voaram com sucesso.

TAMANHO DA POPULAÇÃO: É impossível saber quantas araras havia originalmente, mas sabe-se que era uma espécie abundante no início do século. Infelizmente, hoje devem existir mais araras-azuis em cativeiro que em vida livre. Atualmente indícios da ocorrência de araras-azuis na natureza são encontrados em três locais: Pantanal, “Gerais” ou Brasil Central (nos estados de TO, GO, PI, MA e BA) e norte do Brasil.

Resultados de alguns levantamentos de campo totalizam uma população de aproximadamente 6500 indivíduos assim distribuídos: 1) Pantanal com cerca de 5000 araras é a que se encontra em melhor situação na natureza. No Mato Grosso do Sul Guedes (2003) estima 4000 araras sendo que a população tem aumentado e expandido. No Mato Grosso, trabalho de Pinho (1998) estima cerca de 800 indivíduos. Na Bolívia tinha praticamente acabado e voltou a aparecer, com cerca de 150-200 indivíduos, segundo Dammermann (2000, comunicação pessoal e relatório não publicado). No Paraguai só há relatos de alimentação na região vizinha ao Pantanal Brasileiro.

No Brasil Central com cerca de 800-1000 araras-azuis, segundo levantamento realizado por Bianchi et al (2002). Esta população é uma das mais críticas no momento, pois é afetada pelo tráfico, em especial no Sul do Piauí e Maranhão. Retiram ovos, filhotes e adultos e há um avanço da fronteira agrícola com retirada da vegetação nativa para plantio de soja.

Na região Norte do Brasil, aproximadamente 500 araras-azuis, incluindo os estados do Amazonas e Pará, podendo haver uma lacuna entre as populações do dois estados. Nesta região as araras-azuis não têm sido estudadas nos últimos 20 anos. Levantamento mais recente foi realizado por Sherer-Neto (2004, comunicação pessoal). Até recentemente, as araras eram afetadas pela coleta de penas para confecção de artesanato indígena e pelo desmatamento para pecuária e agricultura. As referências completas destas bibliografias são encontradas em Guedes (2004), artigos complets em publicações técnicas em pdf.

AMEAÇAS ENCONTRADAS PELA ESPÉCIE: os principais fatores que levaram as araras-azuis a ameaça de extinção foram: 1) a captura ilegal para o comércio nacional e internacional de aves de estimação, que foi intensa até a década de 80 (ovos, filhotes, adultos); 2) a destruição do habitat (perda, fragmentação, descaracterização) principalmente com a implantação de pastagem cultivada no Pantanal, agricultura e colonização em outras regiões; 3) a caça e coleta de penas para artesanato indígena (no Brasil está proibida desde 2005, sendo permitido apenas para cerimônias e outros usos dentro das reservas indígenas). A estes fatores, acrescentam-se populações pequenas, baixa taxa reprodutiva e especialização na dieta e no habitat.

O TRÁFICO DE ARARAS: Até a década de 80 estima-se que mais de 10 mil araras-azuis foram retiradas da natureza. Hoje, o tráfico de araras-azuis diminuiu bastante, mas ainda continua. No Mato Grosso do Sul se não acabou reduziu muito, graças ao trabalho de divulgação e envolvimento da população efetuado pelo Projeto Arara Azul.

Entretanto, o tráfico continua intenso em outras regiões do Brasil. No período de 2004 a 2006 cerca de 60 filhotes de araras-azuis foram retirados dos ninhos para o comércio de animais silvestres. Só para se ter uma idéia, desses dez filhotes com menos de três meses de idade foram apreendidos pela Polícia Federal em Corumbá. O destino era a Bolívia, Peru e posteriormente outros países. Os filhotes estavam anilhados porque filhotes nascidos em cativeiro recebem, com menos de 20 dias, uma anilha fechada numerada a qual é controlada pelo IBAMA junto aos criadores. Por isso poderiam receber um certificado de “nascido em cativeiro” o que daria aspecto legal à comercialização. Só que as anilhas eram falsificadas. Assim que a equipe do Projeto Arara Azul viu os filhotes, verificou que eles não eram do Pantanal, informação esta que foi posteriormente confirmada pelos exames realizados pelo Departamento de Genética do IB/USP. Esses filhotes viajaram mais de 1500 km pelas rodovias do Brasil e apreensão só foi possível, porque a população está mais atenta, como resultado do trabalho de educação ambiental, divulgação e envolvimento da população local que fizeram a denúncia.

COMITÊ PARA CONSERVAÇÃO E MANEJO: criado pela Portaria nº 375 de 05 de maio de 2003, o Comitê para Conservação e Manejo da Arara-Azul-Grande Anodorhynchus hyacinthinus.

O Comitê é um grupo assessor do IBAMA, que trata do manejo “in situ” (na natureza) e “ex-situ” (em cativeiro) de Anodorhynchus hyacinthinus, integrando pesquisadores e instituições que exercem atividades relacionadas com a espécie e seus hábitats. O Comitê é composto pelo Coordenador Geral de Fauna, Coordenador de Proteção de Espécies da Fauna e Chefe do Centro de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres, todos do IBAMA, mais um representante da Sociedade de Zoológicos do Brasil (SZB), um representante da Sociedade Brasileira de Ornitologia (SOB) e técnicos especializados como Neiva M.R. Guedes, Pedro Scherer Neto, Yara de Melo Barros, Cristina Y. Miyaki. O Comitê é presidido pelo Coordenador Geral de Fauna/IBAMA, sendo que as atividades de campo relacionadas à espécie são coordenadas por Neiva M. R. Guedes.

O comitê tem por objetivo o estabelecimento de estratégias para estudo, manejo e conservação da arara-azul-grande Anodorhynchus hyacinthinus objetivando alcançar o estabelecimento de populações geneticamente viáveis desta espécie. Propor ao IBAMA o Plano de Ação para a conservação da espécie, que embasará a atuação do Instituto no acompanhamento da implementação das atividades previstas. O comitê se reúne pelo menos uma vez, a cada dois anos.

 

ARARA-AZUL-DE-LEAR
NOME POPULAR: Arara-azul-de-lear
NOME CIENTÍFICO: Anodorhynchus leari
COMPRIMENTO: 71 a 75 cm.
PESO: 940 g.
COLORAÇÃO: possui coloração semelhante a A. hyacinthinus, porém nitidamente menor. A diferença entre as duas espécies reside no tom de cores: a cabeça e o pescoço possuem coloração azul-esverdeados, a barriga possui a cor azul-desbotado, com asas e caudas num tom de azul cobalto. Possuem o anel em volta do olho de cor amarelo claro, com as pálpebras brancas ou levemente azuladas. A diferença mais significativa está na forma da barbela (pele em torno da mandíbula). Em A. hyacinthinus tem a forma de uma fita, quanto que em A. leari possui a forma de nódoa (gota).
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: encontrada no norte da Bahia, especialmente na Reserva Ecológica do Raso da Catarina e na Reserva Biológica de Canudos. Sua área de distribuição histórica incluía os municípios de: Campo Formoso, Euclides da Cunha, Uauá, Jeremoabo, Canudos, Sento Sé e Paulo Afonso.
HABITAT: na região da caatinga, utilizando áreas de paredões e cânions de rochas sedimentares para dormir e nidificar e alimentando-se nas áreas com palmeiras.Atualmente conhecido e monitorado a população possui dois sítios que utilizam como dormitório e reprodução: os paredões da Estação Ecológica de Canudos (EBC), com 1500 hectares e a Fazenda Serra Branca, em Jeremoabo-BA, ambas reservas particulares.
ALIMENTAÇÃO: Sementes de palmeira licuri (Syagrus coronata), flores de sizal (Agave sp), frutos de pinhão (Jatropha pohliana) e umbu (Spondias tuberosa), baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl) e mucunã (Dioclea sp.). Quando a escassez de alimento é grande, as araras se alimentam de milho (Zea mays) plantado pela população local. Em 2006, sob a coordenação do IBAMA, a Parrots International (www.parrotsinternational.org) e Fundação Lymington começaram um programa de ressarcimento do milho para a população que teve plantação atacada pelas araras-azuis-de-lear.
STATUS: Até o ano de 2008 encontrava-se na categoria criticamente ameaçada, sendo incluída no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) e na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA 2003). Após a verificação de que sua população havia alcançado o número de 960 indivíduos, foi considerada como espécie “Em Perigo” de acordo com os critérios do CITES. O principal motivo para o declínio da espécie foi o tráfico ilegal dessas aves para criadouros particulares no Brasil e exterior e a destruição do seu habitat, afetando principalmente as áreas de alimentação.
CONSERVAÇÃO E MANEJO: Existe um Programa de Conservação da Arara Azul de Lear coordenado pelo Cemave- ICMbio em parceria com várias instituições e um comitê internacional para recuperação da espécie na natureza e em cativeiro. Em Canudos a bióloga Érica Pacífico vem realizando estudos sobre a biologia reprodutiva da espécie com o apoio da Fundação Biodiversitas e o Museu de Zoologia da USP. O Instituto Arara Azul começou a fazer parte deste programa ao firmar convênio como a Fundação Loro Parque, em Tenerife na Espanha (2010-2012), para desenvolver ações voltadas ao envolvimento das comunidades, educação ambiental e de geração de renda. Este projeto é desenvolvido na região de Euclides da Cunha, que representa 51% da área de alimentação da espécie e é coordenado pela pesquisadora associada ao Instituto, Simone Tenório. Para saber mais veja em OUTROS PROJETOS.

 

ARARA-AZUL-PEQUENA
NOME POPULAR: Arara-azul-pequena, arara-celeste
NOME CIENTÍFICO: Anodorhynchus glaucus
COMPRIMENTO: 68-72 cm.
COLORAÇÃO: possui coloração azul, muito semelhante a A. leari. E também possui o anel em volta do olho e a barbela (pele em torno da base da mandíbula) de cor amarela. A diferença está no tom de azul e amarelo e no seu comprimento.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Leste do Paraguai, Sul do Brasil, oeste do Uruguai e Norte da Argentina.
HABITAT: vivia nas baixadas com palmeiras as margens dos rios (Uruguai, Paraná e Paraguai). Como não há relatos comprovados, supõe-se que construía ninhos em cavidades dos barrancos de rio, paredões rochosos ou cavidades arbóreas.
ALIMENTAÇÃO: Sementes de palmeiras, provavelmente de Butia yatay.
STATUS: Considerada extinta, pois não foi localizado nenhum indivíduo na natureza e nem em cativeiro (CITES I). E os exemplares taxidermizados (empalhamento científico) conhecidos pertencem a coleções de museus no exterior. Com população muito pequena e rara antes ou no início do século XIX, desapareceu antes de ser bem conhecida. As hipóteses sobre a extinção são caça e captura como animal de estimação, catástrofe natural, redução de variabilidade genética ou descaracterização do ambiente natural com a assentamento humano ao longo dos rios.

 

ARARA-AZUL
NOME POPULAR: Ararinha azul
NOME CIENTÍFICO: Cyanopsitta spixii.
COMPRIMENTO: 55 a 57 cm.
PESO: 296 a 400 g.
COLORAÇÃO: inteiramente azul, sendo que na cabeça o tom é um pouco mais pálido e nas asas o tom é mais escuro.
DISTRIBUIÇÃO GEOFRÁFICA: Curaçá, cidade ao norte da Bahia.
HABITAT: Mata de galeria da caatinga onde predomina a caraíba (Tabebuia caraíba).
ALIMENTAÇÃO: Sementes de Jatropha sp, Cnidoscolus sp; e frutos de Ziziphus sp e Maytennus sp.
STATUS: Considerada EXTINTA na natureza (CITES I). O último exemplar desapareceu em 2000, restando pouco mais de 60 indivíduos criados em cativeiro, sendo a maioria fora do Brasil. Existe um grupo de estudo com esforços internacionais para recuperação da espécie, coordenado pelo IBAMA. Os efeitos positivos do real envolvimento da população local, promovido pelo Projeto Ararinha Azul em Curaça na Bahia (www.ararinha-azul.vila.bol.com.br) ainda são efetivos e ao mesmo tempo que se busca o aumento da população em cativeiro, se conserva o habitat específico, visando futuras reintroduções. Casal de ararinha azul (C.spixii) no Zoo de SP.

 

AS ARARAS DO GÊNERO ARA

Aqui você encontra uma breve descrição das quatro espécies de araras do gênero Ara, que ocorrem no Brasil: duas araras-vermelhas, (A. chloropterus e A. macao), a arara-canindé (A. araraúna) e a maracanã-guaçu (A. severus). Clique em qualquer uma delas.

 

ARARA-CANINDÉ
NOME POPULAR: Arara-canindé,arara-de-barriga-amarela
NOME CIENTÍFICO: Ara ararauna.
COMPRIMENTO: 75-86 cm
PESO: 995 a 1380 g.
COLORAÇÃO: a parte superior do corpo possui a coloração azul e a inferior amarela, possui fileiras de penas faciais pretas e garganta também preta.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Panamá, Colômbia, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina. No Brasil ocorrem na região norte, centro-oeste, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Desde 2002 vive na cidade de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, onde é facilmente observada.
HABITAT: Várzeas com buritizais, babaçuais e beira de mata.
ALIMENTAÇÃO: Frutas e sementes na sua maioria de palmeiras.
STATUS: essa espécie é classificada como CITES II. Não se encontra em perigo eminente. Mas como a maioria dos animais brasileiros, essa espécie apresenta problemas localmente, ou seja, é abundante em alguns locais e em outros não é muito freqüente, pois a destruição do ambiente nesses locais afastou as araras. É muito encontrada em cativeiro. Espécie estudada pelo Projeto Arara Azul.

 

ARARA VERMELHA
NOME POPULAR: Arara-vermelha, arara-vermelha-grande
NOME CIENTÍFICO: Ara chloropterus
COMPRIMENTO: 90 a 95 cm.
PESO: 1050 a 1708 g.
COLORAÇÃO: coloração vermelha, diferindo da arara-piranga por ter penas verdes no lugar das amarelas nas asas e por possuir uma fina fileira de penas vermelhas na pele facial branca.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: ocorre no Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai. No Brasil ocorre desde a Amazônia até oeste do Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Assim como a arara-canindé, também vive na cidade de Campo Grande. A observação de bandos de araras vermelhas expandindo e migrando está tornando possível a ocorrência desta espécie na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, onde já era considerada extinta.
HABITAT: Matas de beira de rios em florestas tropicais, cordilheiras e capões no Pantanal, podendo dividir ou alternar alguns ninhos com as araras-azuis.
ALIMENTAÇÃO: Frutos e sementes em geral.
STATUS: essa espécie não se encontra em perigo de extinção (CITES II), mas é bastante comercializada e tem coleta de penas pelos indígenas. Esta espécie também vem sendo estudada pela equipe do Projeto Arara Azul.

 

ARARA-CANGA
NOME POPULAR: Ara-canga, arara-vermelha-pequena
NOME CIENTÍFICO: Ara macao.
COMPRIMENTO: 80 a 96 cm.
PESO: 900 a 1490 g.
COLORAÇÃO: coloração vermelha, com penas amarelas e azuis nas asas, pele facial branca.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: ocorrem no México, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru e Bolívia. No Brasil ocorre na Amazônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão.
HABITAT: Mata e beira de rio.
ALIMENTAÇÃO: Frutos e sementes.
STATUS: essa espécie não se encontra em perigo de extinção, mas é classificada como CITES I. Ela só é observada em ambientes onde não há perturbação humana e também sofre problemas (destruição do ambiente) em certos locais e coleta de penas pelos indígenas.

 

MARACANÃ-GUAÇU
NOME POPULAR: Maracanã-guaçu
NOME CIENTÍFICO: Ara severus
COMPRIMENTO: em torno de 50 cm.
PESO: 285 a 387 g.
COLORAÇÃO: coloração verde, com penas vermelhas e azuis nas asas e cauda, pele facial branca com fileiras de penas fina pretas e testa de cor castanha.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru e Bolívia. No Brasil ocorre da região Amazônica até o norte do Mato Grosso.
HABITAT: áreas de mata ciliar e buritizais.
ALIMENTAÇÃO: Frutos, sementes, flores e folhas.
STATUS: essa espécie não se encontra em perigo de extinção (CITES II).

 

OUTRAS ESPÉCIES DE ARARAS

Neste item você vai encontrar uma breve descrição das outras cinco araras pequenas que ocorrem no Brasil, mas que popularmente são conhecidas como maracanãs:Orthopsittaca manilata, Primolius: com 3 espécies: maracanã, auricollis e couloni e Diopsittaca nobilis.

 

MARACANÃ-DE-CARA-AMARELA
NOME POPULAR: Maracanã-de-cara-amarela
NOME CIENTÍFICO: Orthopsittaca manilata.
COMPRIMENTO: 44 cm.
PESO: 292 a 390 g.
COLORAÇÃO: coloração verde, com peito acinzentado escamado, abdômen rubro, pele facial amarela e bico preto.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Guianas. No Brasil ocorre desde a Amazônia até Piauí, oeste da Bahia e de Minas Gerais e também no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
HABITAT: Mata ciliar e buritizais.
ALIMENTAÇÃO: Frutos.
STATUS: essa espécie não se encontra em perigo de extinção (CITES II).

 

MARACANÃ-DO-BURITI
NOME POPULAR: Maracanã-do-buriti
NOME CIENTÍFICO: Primolius maracana.
COMPRIMENTO: 41 cm.
PESO: 246 a 266 g.
COLORAÇÃO: coloração verde, abdômen e parte superior das coxas rubro, pele facial amarela pálido e testa vermelha.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre desde o Maranhão até Argentina e Paraguai
HABITAT: Beira de matas, buritizais e outros palmares.
ALIMENTAÇÃO: Frutos e sementes
STATUS: essa espécie é classificada como vulnerável a extinção (CITES I), ou seja, se medida não forem tomadas essa espécie pode entrar em processo de extinção.

 

MARACANÃ-DE-COLAR
NOME POPULAR: Maracanã-de-colar
NOME CIENTÍFICO: Primolius auricollis.
COMPRIMENTO: 41 cm.
PESO: 240 a 259g.
COLORAÇÃO: Coloração verde, com fronte escurecida e distinguível pela faixa no pescoço de cor amarela.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Bolívia, Paraguai, Argentina. No Brasil ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e norte do Tocantins.
HABITAT: Capões e mata de galeria.
ALIMENTAÇÃO: Frutos, flores e pequenas sementes.
STATUS: Essa espécie não se encontra em perigo de extinção no Brasil. Pouco conhecida na natureza. Primeiros trabalhos de campo no Brasil sendo realizados pelo Projeto Arara Azul e Projeto Papagaio Verdadeiro.

 

MARACANÃ-DE-CABEÇA-AZUL
NOME POPULAR: Maracanã-de-cabeça-azul
NOME CIENTÍFICO: Primolius couloni.
COMPRIMENTO: 41 cm.
PESO: 240 a 259 g.
COLORAÇÃO: coloração verde, a cabeça e as rêmiges azuis, não tem cara branca, lado superior da cauda, avermelhado.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Peru, norte da Bolívia e no Brasil foi avistada no Acre.
HABITAT: Mata e floresta tropical.
ALIMENTAÇÃO: Frutos, flores e pequenas sementes.
STATUS: essa espécie não é bem conhecida no Brasil.

 

MARACANÃ-NOBRE
NOME POPULAR: Maracanã-nobre
NOME CIENTÍFICO: Diopsittaca nobilis.
COMPRIMENTO: 30 a 35 cm.
PESO: 129 a 169 g.
COLORAÇÃO: coloração verde, com fronte azul, encontro e coberteiras inferiores (penas menores) das asas vermelhas e cara branca.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre desde a Venezuela e Suriname ao Brasil (Mato Grosso, Goiás, São Paulo e estados do nordeste).
HABITAT: Cerrado, palmares e beira de mata.
ALIMENTAÇÃO: Flores, frutos e sementes.
STATUS: essa espécie não se encontra em perigo de extinção (CITES II).

 

REFERÊNCIAS

Mais informações sobre as araras-azuis ver Referências do Projeto. Para saber mais consultem também esses livros, artigos, teses e sites, procure na biblioteca mais próxima da sua casa.

 

LIVROS E ARTIGOS
Abramson, J.: Speer, B. L. and Thomsen, J.B. The Large Macaws: Their Care, Breeding and Conservation. Fort Bragg: Raintree Pub, 1995.

Beissinger, S. R. & F. R. Snyder. New Parrots in Crisis: solutions from conservation biology. Smithsonian Institution Press, Washington, D.C. 1992.

Bernardes, A.T.B., Machado, A.B.M. & Rylands, A.B. 1990. Fauna brasileira ameaçada de extinção. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte

Candisani, L. and Caldas, S.T. Arara-azul. DBA Editora. 2005.

Collar, N.J., Gonzaga, L.P., Krabbe, N., Madrõno Nieto, A., Naranjo, L.G., Parker, T.A. and Wege, D.C., 1992. Threatened birds of the Americas, The ICBP/IUCN Red Data Book. Washington, D.C. Smithsonian Institution, Press.

Galetti, M. & M. A. Pizo. Ecologia e conservação de psitacídeos no Brasil. Melopsittacus Publicações Científicas, Belo Horizonte, MG. 2002.

Del Hoyo, J.; Elliott, A. and Sargatal, J. Handbook of the birds of the world. Lynx Edicions. 1997.

Juniper, T.; Parr, M. Parrots: A Guide to Parrots of the World. Yale University Press, New Haven, 1998.

Miyaki, C.Y.; Hanotte, O.; Wajntal, A. and Burke, T., 1993. Characterization and application of multilocus DNA fingerprints in Brazilian endangered macaws. IN: Pena, S.D.J.; Chakraborty, R.; Epplen, J.T. and Jeffreys, A.J. DNA Fingerprinting: State of the Science, Birkhäuser Verlag, Basel, Switzerland, p. 395-401.

Miyaki, C.Y.; Duarte, J.M.B.; Caparroz, R.; Nunes, A.L.N. & Wajntal, A., 1997. Sex identification of Brazilian parrots (Psittacidae, Aves) using the human minisatellite probe 33.15. AUK 114: 516-520.

Miyaki, C.Y.; Griffiths, R.; Orr, K.; Nahum, L.A.; Pereira, S.L. and Wajntal, A., 1998. Sex identification of parrots, toucans and curassows by PCR: perspectives for wild and captive population studies. ZooBiology 17: 415-423.

Sick, H. Ornitologia Brasileira. Editora Nova Fronteira. 1997.

Snyder, N., McGowan, P., Gilardi, J., & A. Grajal. Parrots. Status Survey and Conservation Action Plan 2000-2004. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, Oxford, UK. 2000.

Souza, D. Todas as Aves do Brasil. Guia de campo para identificação. Editora DALL. 1998.

 

TRABALHOS ACADÊMICOS
Bianchi, C.A.C. Biologia reprodutiva da arara-canindé (Ara ararauna, Psittacidae) no Parque Nacional das Emas, Goiás. Master thesis, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 1998. p 69.

Carciofi, A.C. 2000. Contribuição ao estudo da alimentação da arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus, Psittacidae, aves) no Pantanal – MS. I – Análise da química do acuri (Scheelea phalerata) e da bocaiúva (Acrocomia aculeata). II – Aplicabilidade do método de indicadores naturais para o cálculo da digestibilidade. III – Energia metabolizável e ingestão de alimentos. USP. São Paulo. Tese de Doutorado. 137p.

Caparroz, R. Estudo de populações naturais de psitacídeos neotropicais (Psittaciformes, Aves) por técnica de identificação individual de DNA (“DNA fingerprinting”): enfoque em conservação. Master thesis, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 1998. p 108.

Faria, P. J., 2000. Caracterização de Populações Naturais de Psitacídeos (Aves: Psittaciformes) Através de Marcadores Moleculares. Dissertação de Mestrado. Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, USP, São Paulo.

Guedes, N.M.R. Biologia reprodutiva da arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) no Pantanal – MS, Brasil. Master thesis, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993. p 122.

Pinho, J.B. 1998. Aspectos comportamentais da Arara-Azul (Anodorhynchus hyacinthinus) na localidade de Pirizal, Município de Nossa Senhora do Livramento – Pantanal de Poconé. UFMT, Cuiabá, Disertação de mestrado. 78p.

 

LINKS INTERESSANTES
www.mma.gov.br

www.mma.gov.br/portalbio

www.ibama.org.br

www.cbro.org.br

www.biodiversitas.org.br/livrovermelho2005

www.iucnredlist.org

www.parrotsinternational.org

www.ararinha-azul.vila.bol.com.br

www.proaves.org.br

www.ibama.gov.br/cemave

www.wwf.org.br

www.estadao.com.br/ext/ciencia/arquivo/pantanal

www.fundacaolymington.org

 

FONTE SITE OFICIAL INSTITUTO ARARA AZUL. Projeto Arara Azul – Biologia, Manejo e Conservação. Disponível em https://www.institutoararaazul.org.br/ Acesso em 08 de Junho de 2020.
GUEDES, NMR, 2015. Projeto Arara Azul – Biologia, Manejo e Conservação. Instituto Arara Azul, Site. Campo Grande, MS, 112p.
Informações e Fotos por: PPPubli/Instituto Arara Azul

 

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