Postado por: Instituto Australis
Após a chegada antecipada, o número de baleias- franca surpreende pesquisadores, neste domingo pelo menos 59 baleias foram registradas no litoral catarinense.
A temporada reprodutiva da espécie inicia com da chegada das primeiras baleias, mas a maioria dos indivíduos começam a permanecer nas enseadas a partir de da segunda quinzena de julho, sendo as avistagens iniciais geralmente tratando-se de fêmeas grávidas a procura de enseadas para parir seus filhotes, que passam a permanecer mais tempo nas enseadas após o nascimento do filhote.
Este ano, no entanto, elas chegaram quase um mês mais cedo, e em grande número. Já no primeiro sobrevoo de monitoramento, realizado no dia 15 de julho, foram registradas 35 baleias. De lá para cá o número só aumentou, praticamente dobrou. Segundo Karina Groch, Diretora de Pesquisa do Instituto Australis “neste domingo (12) registramos 57 baleias na APA da Baleia Franca (APABF)/ICMBIO, e 2 baleias em Florianópolis, sendo a grande maioria pares de mãe e filhote”. Os dados na APABF são do monitoramento a partir de terra realizado pelo Instituto Australis, que desde o início de agosto monitora sistematicamente a região central da APABF, totalizando 22 praias entre a Pinheira (Palhoça, SC) e o Cabo de Santa Marta (Laguna, SC), além reunir informações do público e parceiros provenientes das outras áreas. Ao longo dos últimos dias também foram registradas baleias-franca no litoral do Paraná e em Abrolhos, na Bahia.
Algumas enseadas têm se destacado na presença das baleias, como Ribanceira/Ibiraquera e Itapirubá Norte, ambas em Imbituba, onde nas duas juntas, esta semana, foram avistadas mais de 40 baleias. Essa grande quantidade de baleias atrai moradores, visitantes, e também chama a atenção de surfistas. Mas Karina faz um alerta: “é importante ressaltar que as baleia franca estão em um período muito importante da sua etapa de vida: as fêmeas estão amamentando e cuidando dos filhotes que acabaram de nascer, e estão passando seus primeiros 2 a 3 meses de vida aqui na região. Esta etapa é fundamental para a sobrevivência dos filhotes. As mães são protetoras e durante os cuidados, a aproximação humana pode não só interferir no comportamento das baleias, mas também representar um risco para quem se aproxima, pois são animais muito grandes, apesar de não serem agressivos”. A legislação Brasileira, através da Portaria IBAMA 117/1996, determina que é proibido mergulhar com qualquer espécie de cetáceo (baleias e golfinhos) a uma distância inferior a 50 metros. Segundo o chefe da APA da Baleia Franca, Cecil Barros, o desrespeito a esta portaria é caracterizado como atividade de molestamento e os responsáveis estarão sujeitos a multa e poderão ser responsabilizados criminalmente.
É difícil estimar o total de baleias-franca que ainda virão para o Brasil este ano, mas os números já estão de similares às temporadas consideradas mais típicas, quando no pico da temporada, em setembro, eram registradas uma média de 120 baleias desde Florianópolis (SC) até o Norte do Rio Grande do Sul. Um estudo conduzido pelo Instituto Australis em parceria com o Laboratório ECOMEGA da FURG (Fundação Universidade de Rio Grande, RS) apontou que alterações climáticas globais podem estar influenciando o sucesso reprodutivo das baleias-franca no Brasil, uma vez que estas alterações interferem na quantidade de alimento disponível para as baleias, e, portanto, é mais difícil elas migrarem para o Brasil para terem seus filhotes, consequentemente observamos flutuações na ocorrência da espécie. O monitoramento das baleias franca será realizado pelo Instituto Australis até novembro, final da temporada reprodutiva da espécie. Desde 2015 o Australis é a instituição mantenedora do Programa de Pesquisa em Conservação da Baleia Franca (Projeto Baleia Franca).
FONTE SITE OFICIAL PROJETO BALEIA FRANCA – INSTITUTO AUSTRÁLIS. Disponível em <http://baleiafranca.org.br/> Acesso em 03 de abril de 2020.
Notícias e Fotos por: Projeto Baleia Franca/Instituto Australis
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A temporada reprodutiva da espécie inicia com da chegada das primeiras baleias, mas a maioria dos indivíduos começam a permanecer nas enseadas a partir de da segunda quinzena de julho, sendo as avistagens iniciais geralmente tratando-se de fêmeas grávidas a procura de enseadas para parir seus filhotes, que passam a permanecer mais tempo nas enseadas após o nascimento do filhote.
Este ano, no entanto, elas chegaram quase um mês mais cedo, e em grande número. Já no primeiro sobrevoo de monitoramento, realizado no dia 15 de julho, foram registradas 35 baleias. De lá para cá o número só aumentou, praticamente dobrou. Segundo Karina Groch, Diretora de Pesquisa do Instituto Australis “neste domingo (12) registramos 57 baleias na APA da Baleia Franca (APABF)/ICMBIO, e 2 baleias em Florianópolis, sendo a grande maioria pares de mãe e filhote”. Os dados na APABF são do monitoramento a partir de terra realizado pelo Instituto Australis, que desde o início de agosto monitora sistematicamente a região central da APABF, totalizando 22 praias entre a Pinheira (Palhoça, SC) e o Cabo de Santa Marta (Laguna, SC), além reunir informações do público e parceiros provenientes das outras áreas. Ao longo dos últimos dias também foram registradas baleias-franca no litoral do Paraná e em Abrolhos, na Bahia.
Algumas enseadas têm se destacado na presença das baleias, como Ribanceira/Ibiraquera e Itapirubá Norte, ambas em Imbituba, onde nas duas juntas, esta semana, foram avistadas mais de 40 baleias. Essa grande quantidade de baleias atrai moradores, visitantes, e também chama a atenção de surfistas. Mas Karina faz um alerta: “é importante ressaltar que as baleia franca estão em um período muito importante da sua etapa de vida: as fêmeas estão amamentando e cuidando dos filhotes que acabaram de nascer, e estão passando seus primeiros 2 a 3 meses de vida aqui na região. Esta etapa é fundamental para a sobrevivência dos filhotes. As mães são protetoras e durante os cuidados, a aproximação humana pode não só interferir no comportamento das baleias, mas também representar um risco para quem se aproxima, pois são animais muito grandes, apesar de não serem agressivos”. A legislação Brasileira, através da Portaria IBAMA 117/1996, determina que é proibido mergulhar com qualquer espécie de cetáceo (baleias e golfinhos) a uma distância inferior a 50 metros. Segundo o chefe da APA da Baleia Franca, Cecil Barros, o desrespeito a esta portaria é caracterizado como atividade de molestamento e os responsáveis estarão sujeitos a multa e poderão ser responsabilizados criminalmente.
É difícil estimar o total de baleias-franca que ainda virão para o Brasil este ano, mas os números já estão de similares às temporadas consideradas mais típicas, quando no pico da temporada, em setembro, eram registradas uma média de 120 baleias desde Florianópolis (SC) até o Norte do Rio Grande do Sul. Um estudo conduzido pelo Instituto Australis em parceria com o Laboratório ECOMEGA da FURG (Fundação Universidade de Rio Grande, RS) apontou que alterações climáticas globais podem estar influenciando o sucesso reprodutivo das baleias-franca no Brasil, uma vez que estas alterações interferem na quantidade de alimento disponível para as baleias, e, portanto, é mais difícil elas migrarem para o Brasil para terem seus filhotes, consequentemente observamos flutuações na ocorrência da espécie. O monitoramento das baleias franca será realizado pelo Instituto Australis até novembro, final da temporada reprodutiva da espécie. Desde 2015 o Australis é a instituição mantenedora do Programa de Pesquisa em Conservação da Baleia Franca (Projeto Baleia Franca).
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