PIANO
Inventado ainda no final do século 17, o piano tornou-se o mais conhecido e utilizado instrumento de teclado a partir do final do século 18.
Como funciona?
Seu som é produzido através de martelos acionados pelas teclas, que golpeiam as cordas e, por isso, é capaz de grandes nuances de intensidade.
Um pouco de história…
O piano foi inventado na Itália por Bartolomeu Cristofori, em 1698, e difundiu-se pela Europa ao longo do século 18. Foi também chamado de pianoforte ou fortepiano.
Os primeiros modelos eram em formato de cauda, similar ao do cravo, mas várias outras formas foram desenvolvidas para o instrumento visando diminuir o espaço ocupado dentro dos lares, como o piano retangular ou de mesa, os verticais ou de armário, entre outros.
A referência mais antiga sobre os pianos no Rio de Janeiro data de 1798 e consta no inventário post-mortem do botânico Antônio Pereira Ferreira: “Piano forte feito no Rio de Janeiro avaliado na quantia de noventa e cinco mil réis”, demonstrando que, antes da chegada da corte, no início do século 19, os instrumentos já eram conhecidos na cidade e possivelmente por aqui fabricados.
Um dos únicos pianos sobreviventes no Rio de Janeiro e que pode ter pertencido à Imperatriz Leopoldina encontra-se localizado atualmente no Museu Imperial de Petrópolis. É um instrumento retangular fabricado nos anos de 1820 pelo conhecido construtor inglês John Broadwood.
A primeira obra brasileira escrita para piano de que se tem notícia é de 1821, composta no Rio de Janeiro pelo padre músico José Maurício Nunes Garcia e intitulada Compêndio de Música e Methodo de Pianoforte.
O piano era o instrumento mais anunciado para venda e leilão nos jornais do século 19. Eram comercializados principalmente instrumentos de renomados construtores ingleses, como mostra a publicação do Jornal do Commercio de 1828: “Leilão que se faz hoje Sexta feira na rua do Ouvidor n.63 de pianos fortes, e fortes pianos de vários autores assim como de Broadwood, Clementi, e outros nomes conhecidos (…)”.
A família real portuguesa foi uma importante compradora de pianos no período em que esteve no Rio de Janeiro, tanto para o deleite da corte quanto para aulas de música. Em 1826, foi adquirido um piano para uso pessoal da Rainha D. Maria da Glória, sendo este conferido pelo renomado compositor e tecladista português Marcos Antonio Portugal (1762-1830): “Tendo recebido ordem para pagar hum Piano, que he para a educação de S. M. Rainha de Portugal, o qual custou 400$000 réis, e mais 2$560 réis de transporte para a Chacara, fazendo ao todo a quantia de 402$560 réis, cujo piano foi conferido por Marcos Antonio Portugal”.
Ainda no século 19, o piano foi se popularizando de tal maneira que surgiram os pianeiros, aqueles que tocavam piano de ouvido e normalmente músicas populares. Grandes pianeiros do Rio de Janeiro nos séculos 19 e início do 20 foram Chiquinha Gonzaga (1847-1935) e Ernesto Nazareth (1863-1934) que, dentre outros, foram também compositores que ampliaram o alcance da música popular, levando-a a diversas classes sociais.
Atualmente são muito utilizados no meio musical erudito e popular dois tipos de piano: os acústicos e os digitais. Nos pianos acústicos, o som é produzido mecanicamente, com os martelos golpeando as cordas quando acionados pelo teclado. Os pianos digitais têm seu som produzido eletronicamente.
Dentre os acústicos, tem-se os pianos de cauda, hoje muito mais robustos e potentes que os pianos antigos, e os pianos de armário ou verticais. Já os digitais assemelham-se aos teclados eletrônicos por conterem muitas opções de timbres e ritmos diferentes, porém podem ter formato igual e suas teclas possuírem peso similar ao do piano acústico.
Assista ao vídeo abaixo no qual a pianista Maria Teresa Madeira toca em um piano Broadwood da segunda metade do século 19.
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Trecho de um inventário de um pianoforte (1798) – Acervo Arquivo Nacional – RJ (Foto por: Musica Brasilis)
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Pianoforte de Bartolomeu Cristofori (1720) – The Metropolitan Museum of Art – EUA (Foto por: Musica Brasilis)
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Pianoforte de mesa de John Broadwood (c. 1820) – Museu Imperial de Petrópolis – RJ (Foto por: Musica Brasilis)
FONTE SITE OFICIAL MUSICA BRASILIS. Disponível em <https://musicabrasilis.org.br/; Acesso em 17 de julho de 2020.
Informações e Fotos por: Música Brasilis
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Inventado ainda no final do século 17, o piano tornou-se o mais conhecido e utilizado instrumento de teclado a partir do final do século 18.
Como funciona?
Seu som é produzido através de martelos acionados pelas teclas, que golpeiam as cordas e, por isso, é capaz de grandes nuances de intensidade.
Um pouco de história…
O piano foi inventado na Itália por Bartolomeu Cristofori, em 1698, e difundiu-se pela Europa ao longo do século 18. Foi também chamado de pianoforte ou fortepiano.
Os primeiros modelos eram em formato de cauda, similar ao do cravo, mas várias outras formas foram desenvolvidas para o instrumento visando diminuir o espaço ocupado dentro dos lares, como o piano retangular ou de mesa, os verticais ou de armário, entre outros.
A referência mais antiga sobre os pianos no Rio de Janeiro data de 1798 e consta no inventário post-mortem do botânico Antônio Pereira Ferreira: “Piano forte feito no Rio de Janeiro avaliado na quantia de noventa e cinco mil réis”, demonstrando que, antes da chegada da corte, no início do século 19, os instrumentos já eram conhecidos na cidade e possivelmente por aqui fabricados.
Um dos únicos pianos sobreviventes no Rio de Janeiro e que pode ter pertencido à Imperatriz Leopoldina encontra-se localizado atualmente no Museu Imperial de Petrópolis. É um instrumento retangular fabricado nos anos de 1820 pelo conhecido construtor inglês John Broadwood.
A primeira obra brasileira escrita para piano de que se tem notícia é de 1821, composta no Rio de Janeiro pelo padre músico José Maurício Nunes Garcia e intitulada Compêndio de Música e Methodo de Pianoforte.
O piano era o instrumento mais anunciado para venda e leilão nos jornais do século 19. Eram comercializados principalmente instrumentos de renomados construtores ingleses, como mostra a publicação do Jornal do Commercio de 1828: “Leilão que se faz hoje Sexta feira na rua do Ouvidor n.63 de pianos fortes, e fortes pianos de vários autores assim como de Broadwood, Clementi, e outros nomes conhecidos (…)”.
A família real portuguesa foi uma importante compradora de pianos no período em que esteve no Rio de Janeiro, tanto para o deleite da corte quanto para aulas de música. Em 1826, foi adquirido um piano para uso pessoal da Rainha D. Maria da Glória, sendo este conferido pelo renomado compositor e tecladista português Marcos Antonio Portugal (1762-1830): “Tendo recebido ordem para pagar hum Piano, que he para a educação de S. M. Rainha de Portugal, o qual custou 400$000 réis, e mais 2$560 réis de transporte para a Chacara, fazendo ao todo a quantia de 402$560 réis, cujo piano foi conferido por Marcos Antonio Portugal”.
Ainda no século 19, o piano foi se popularizando de tal maneira que surgiram os pianeiros, aqueles que tocavam piano de ouvido e normalmente músicas populares. Grandes pianeiros do Rio de Janeiro nos séculos 19 e início do 20 foram Chiquinha Gonzaga (1847-1935) e Ernesto Nazareth (1863-1934) que, dentre outros, foram também compositores que ampliaram o alcance da música popular, levando-a a diversas classes sociais.
Atualmente são muito utilizados no meio musical erudito e popular dois tipos de piano: os acústicos e os digitais. Nos pianos acústicos, o som é produzido mecanicamente, com os martelos golpeando as cordas quando acionados pelo teclado. Os pianos digitais têm seu som produzido eletronicamente.
Dentre os acústicos, tem-se os pianos de cauda, hoje muito mais robustos e potentes que os pianos antigos, e os pianos de armário ou verticais. Já os digitais assemelham-se aos teclados eletrônicos por conterem muitas opções de timbres e ritmos diferentes, porém podem ter formato igual e suas teclas possuírem peso similar ao do piano acústico.
Assista ao vídeo abaixo no qual a pianista Maria Teresa Madeira toca em um piano Broadwood da segunda metade do século 19.
- Trecho de um inventário de um pianoforte (1798) – Acervo Arquivo Nacional – RJ (Foto por: Musica Brasilis)
- Pianoforte de Bartolomeu Cristofori (1720) – The Metropolitan Museum of Art – EUA (Foto por: Musica Brasilis)
- Pianoforte de mesa de John Broadwood (c. 1820) – Museu Imperial de Petrópolis – RJ (Foto por: Musica Brasilis)
FONTE SITE OFICIAL MUSICA BRASILIS. Disponível em <https://musicabrasilis.org.br/; Acesso em 17 de julho de 2020.
Informações e Fotos por: Música Brasilis
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