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Conheça tudo sobre PANCs

Publicado por PARQUEDASAVES
Data – JANEIRO 22, 2020
Foto de capa: Blog O Brilho da Luz

No mundo todo, estima-se que existam mais de 30 mil espécies de plantas comestíveis. Cerca de 12.500 destas estão catalogadas e em torno de 7 mil já foram utilizadas na história da humanidade. Mesmo assim, atualmente, 90% do alimento da população mundial vem de apenas 20 espécies de plantas! Isso mostra que, infelizmente, conhecemos, produzimos e comemos somente uma pequena parcela de todas as plantas existentes.

Para as espécies que, apesar de terem potencial alimentício, não conhecemos bem, não consumimos com frequência ou usamos apenas uma parte ou preparamos apenas de uma maneira, há um nome especial: PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais. O grupo das PANCs também inclui partes de plantas convencionais que não costumam ser consumidas, por exemplo, se consome a banana, mas não a casca, o palmito e o coração (mangará), ou se consome o mamão como fruta quando maduro, mas não como salada quando verde.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O termo PANC foi criado por Valdelly Knupp, pesquisador que estudou cerca de 1.500 espécies de plantas, incluindo diversos tipos de hortaliças, verduras, raízes, flores e frutos que foram esquecidos ao longo do tempo, mostrou que muitas espécies não tradicionais podem (e devem) enriquecer nossa alimentação (do ponto de vista nutricional e sensorial) e tirar a nossa dieta da monotonia alimentar.
 

POR QUE CONSUMIR AS PANCS?

As PANCs são uma verdadeira revolução gastronômica, agronômica e ecológica. Primeiramente, no aspecto nutricional: as PANCs possuem vitaminas essenciais, antioxidantes, fibras e sais minerais. E o mais interessante é que, por serem plantas espontâneas, que não precisam ser cultivadas, também permitem uma grande autonomia para quem deseja buscar sabores diferenciados e nutrientes dos quais necessita.

Além disso, as PANCs são plantas bastante comuns, justamente por serem muito resistentes, se propagarem com grande facilidade e se adaptarem a locais onde as plantas convencionais não proliferam. Por isso, podem ser incluídas na alimentação com custo zero ou por um valor muito em conta. Dessa forma, por natureza, elas não precisam de agrotóxicos, o que torna o seu cultivo muito mais ecológico que as plantações comuns. Pela sua resiliência, as PANCs também são espécies muito mais adaptadas às mudanças climáticas, o que as torna alimentos com grande potencial para serem incluídos na dieta do futuro.

Conhecer as PANCs também significa valorizar o que é local. De uma forma geral, valorizamos nossas tradições, costumes e patrimônio cultural, mas infelizmente ainda não conhecemos tão bem a nossa biodiversidade. Se olharmos nossas refeições caseiras, o cardápio nos restaurantes, nas gôndolas dos supermercados e nas feiras, a maior parte dos alimentos são exóticos, pouquíssimos são locais. Precisamos nos lembrar que tudo foi “mato” um dia, até que nossos ancestrais descobriram que certas plantas podemos comer, saudáveis e nutritivas. Tudo é “mato” até que você conheça de perto e saiba o nome!

Felizmente, mais e mais áreas estão estudando e divulgando a importância das PANCs: biologia, agronomia, nutrição, química, farmácia, gastronomia. E uma vez que essa sementinha PANC é plantada no nosso coração, fica difícil não brotar: para divulgar o potencial das PANC para o Brasil e para o mundo, Kinupp escreveu o livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC)”,  juntamente com Harri Lorenzi. O trabalho de Kinupp é muito importante porque muitas vezes essas plantas espontâneas, que nascem sem serem plantadas, são consideradas ervas daninhas ou invasoras, ou vistas como algo a ser removido e combatido como uma praga.

Porém, essa visão é bastante limitada se levarmos em consideração que estão catalogados centenas de alimentos nutritivos desse tipo no país. Veja o caso da trapoeraba (Commelina spp.), por exemplo: uma única planta pode produzir 10 mil sementes, que podem permanecer dormentes no solo por mais de 20 anos! Imagine quão rentável seria cultivá-la?! Mesmo assim, essa espécie é tida como uma praga pelos agricultores e, em vez de ser vendida, é simplesmente eliminada com agrotóxicos.

Infelizmente, o comércio de PANC como fonte de renda ainda é pouquíssimo explorado. A bertalha (Anredera cordifolia) é um exemplo: você pode comer as folhas e as batatinhas, com usos similares ao da batata-inglesa. Nestas batatas, foi descoberta uma substância que protege o estômago. Então, alguns estrangeiros queriam comprar cerca de duas toneladas, porém não havia ninguém para vender! Isso não é um desperdício?

Um outro exemplo que mostra como o uso econômico dessa PANC foi subestimado: quando uma seca muito forte atingiu o estado do Rio Grande do Sul, trazendo problemas para as plantações de alface, que precisou ser trazida de outras regiões. Se os agricultores tivessem plantado bertalha no lugar de alface, as plantas teriam sobrevivido ao período de estiagem, pois a bertalha é muito mais resistente. E, ainda por cima, não precisariam gastar com agrotóxicos nem contaminar o ambiente com essas substâncias. Precisamos reconhecer a importância dessas espécies não convencionais e explorar o uso destes ingredientes em nossa culinária! 
 

COMO RECONHECER AS PANC?

ALGUMAS DICAS SIMPLES PODEM TE AJUDAR A IDENTIFICAR AS ESPÉCIES:

1 – Confirme a “identidade” da planta a ser consumida. Faça uma boa foto e mande para um botânico ou alguém que realmente tenha experiência identificando plantas. Se você não tem certeza, busque ajuda com alguém que realmente saiba o que pode ser consumido, como reconhecer e como preparar. Na dúvida, procure um botânico de alguma universidade ou da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Também é possível utilizar guias de plantas (como o de Kinupp) para ter ainda mais certeza, assim como fotografar a planta encontrada e postar em grupos específicos de redes sociais para trocar informações.
2 – Veja muitas fotos de plantas, de preferência feitas por pessoas diferentes. Em suas redes sociais, siga pessoas que fazem postagens sobre as PANCs. Busque ativamente pelos nomes científicos delas em diversas plataformas e veja tantas fotos quanto for possível. Como os nomes populares variam muito em cada para região do país, é muito importante conferir o nome científico das espécies. Quanto mais você for pesquisando, mais confiança ganhará no assunto!
3 – Converse sobre plantas com mais pessoas e mostre suas fotos para mais alguém. Muitas pessoas à nossa volta conhecem plantas pelo nome popular, embora nem sempre saibam que podem comê-las ou como preparar.
4 –  Se você ainda não tem muita experiência identificando plantas, comece pelas PANCs mais comuns: serralha (Sonchus oleraceus), beldroega (Portulaca oleracea), caruru do mato ou bredo (Amaranthus flavus), maria gorda (Talinum paniculatum), dente de leão (Taraxacum officinale), alface do mato (Lactuca serriola), tansagem (Plantago major), crepe japonês (Crepis japonica) e picão (Bidens pilosa). Muitas delas podem ser facilmente encontradas em jardins.
 

CUIDADOS IMPORTANTES NA HORA DE CONSUMIR AS PANCS

Mesmo considerando o potencial que as PANCs tem para incrementar a nossa alimentação, é muito importante tomar alguns cuidados. O principal é evitar consumir plantas que você ainda não conhece bem o suficiente ou está muito em dúvida sobre a espécie. Isso por que nenhuma planta quer ser comida: todas têm um mecanismo de defesa, inclusive as convencionais! Isso significa que muitas terão algumas substâncias para ajudar a evitar que sejam comidas por animais, e algumas delas podem ser perigosas para humanos.

Além disso, é preciso lembrar que algumas PANCs podem ser ingeridas cruas (in natura), na forma de suco ou salada; mas outras precisam ser cozidas, seja porque ficam mais saborosas ou porque são seguras para consumo apenas quando cozidas ou refogadas (como o caruru, a taioba e a ora-pró-nobis). Às vezes, a água do cozimento também precisa ser descartada. Mas isso não acontece apenas com as PANCs: plantas mais tradicionais, como a mandioca-brava ou a castanha de caju, também precisam ser cozidas ou torradas para serem consumidas. Ou seja, esse detalhe não é motivo para ficar com medo de consumir as PANCs: só é preciso conhecimento e cautela para aproveitar o potencial delas ao máximo.

Para evitar contaminação, sempre higienize as PANCs manualmente e deixe-as de molho em solução de cloro por 15 minutos. Uma outra ideia interessante é coletar mudas ou sementes na rua, retirar a maior parte das folhas e plantar novamente em casa, onde poderá crescer com menos contaminação.

Também vale lembrar que existem PANCs cosmopolitas (que estão presentes em diversos países e até continentes) e PANCs endêmicas (exclusivas de uma região específica). Também há PANCs adaptadas para diferentes ambientes (ensolarado, sombreado, arenoso, salino, aquático). Sem falar nos próprios hábitos da população do local: uma mesma planta pode ser considerada convencional em uma região e não convencional em outra. Por isso, é muito importante privilegiar o consumo das que são encontradas na sua região. Lembre-se também que há PANCs sazonais, que podem ou não estar disponíveis, dependendo da época do ano. Lembre que é interessante aproveitar essa sazonalidade justamente para experimentar espécies diferentes.
 

COMO PREPARAR AS PANC

As PANCs podem ser adicionadas em praticamente qualquer preparação: arroz, feijão, angu, polenta, carnes, ovos, tortas, sopas, virados, farofas, pães, saladas, massas, molho vermelho, maioneses, além de poderem ser incluídas em sobremesas (bolos, mousses, cremes, geléias, sorvetes e doces), ou bebidas (licores, cervejas e sucos). Não é difícil encontrar receitas com PANC na internet.
 

AS PANCS DA MATA ATLÂNTICA

A Mata Atlântica abriga uma enorme variedade de espécies de PANCs extremamente nutritivas. Aqui vai uma listinha de algumas PANCs que você pode querer conhecer melhor:
– Abiu (Pouteria caimito);
– Almeirão-de-árvore (Lactuca canadensis);
– Araruta (Maranta arundinacea);
– Azedinha (Rumex acetosa);
– Beldroega (Portulaca oleracea);
– Bertalha (Anredera cordifolia);
– Cambuci (Campomanesia phaea);
– Capeba (pariparoba);
– Cará-de-espinho/cará-moela;
– Capiçoba (Erechtites sp);
– Caruru (Amaranthus deflexus);
– Dente- de-leão (Taraxacum officinale);
– Feijão-guandu (Cajanus cajan);
– Jambu (Acmella oleracea);
– Jaracatiá (Jacaratia spinosa);
– Jenipapo (Genipa americana);
– Jurubeba (Solanum paniculatum);
– Hibisco/vinagreira (Hibiscus sp.);
– Major gomes ou beldroegão (Talinum paniculatun);
– Maxixe do reino (Cyclanthera pedata);
– Maracujá do mato (Passiflora cincinnata);
– Murici (Byrsonima crassifolia);
– Ora-pró-nobis (Pereskia aculeata);
– Picão-branco (Galinsoga parviflora);
– Picão-preto (Bidens pilosa);
– Pixirica (Clidemia hirta);
– Serralha (Sonchus oleraceus);
– Taioba/mangarito (Xanthosoma sagittifolium);
– Alguns tipos de urtigas.

Que tal aproveitar para conhecer melhor e se beneficiar do uso das plantas alimentícias não-convencionais no seu dia a dia?
 

SAIBA MAIS SOBRE AS PANCS

Para saber mais sobre as PANCs, acesse esses recursos:
Blogs sobre PANC: Matos de Comer, A Outra Cozinha e PANC na City;
Instagram: Matos de Comer;
Cartilha Guia Prático de Identificação de PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais;
– Cartilha Viveiros Comunitários UFRGS;
Folders – Hortaliças Não-Convencionais (Embrapa);
– Bela Gil entrevista Valdelly Kinupp, criador do termo PANC.

 

FONTE SITE OFICIAL BLOG PARQUE DAS AVES. Disponível em <https://blog.parquedasaves.com.br/> Acesso dia 26 de março de 2020.
Informações, Notícias e Fotos por: Parque das Aves

 

 

 

 

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